Tribuna Ribeirão
Saúde

RP soma mais 8 óbitos por covid

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Ribeirão Preto registrou mais oito mortes por covid-19, segundo o Boletim Epidemio­lógico da Secretaria Municipal da Saúde, e corre o risco de ultrapassar 2.800 óbitos ainda neste mês, apesar de essa pos­sibilidade ser remota. A inci­dência de casos fatais está de­sacelerando, reflexo do avanço da vacinação e também do lockdown imposto entre 27 de maio e 6 de junho, mesmo com a alta dos últimos sete dias.

Nesta quinta-feira, 5 de agosto, o número de falecimen­tos em decorrência da doença chegou a 2.729, alta de 0,3% em relação aos 2.721 anunciados até quarta-feira (4). Ainda não há óbitos oficiais em agosto, mas 16 pessoas morreram de covid-19 este mês, quatro por dia. Maio terminou com 385 mortes, doze a cada 24 horas, segundo os dados oficiais.

Já é o segundo mês com mais óbitos da pandemia, atrás de março (401), treze por dia, o pe­ríodo com mais falecimentos. O recorde do ano passado perten­ce a julho (244). São 347 vítimas fatais em junho, quase doze por dia, mas apenas 174 aparecem no balanço oficial. Já é o terceiro mês com mais óbitos da pande­mia, à frente de abril (330) des­te ano – o boletim aponta 286 ocorrências oficiais.

Há 57 registros oficiais em julho, mas 139 casos já foram anunciados, quatro por dia. Ja­neiro soma 173. São 209 casos em fevereiro. O recorde de fa­lecimentos anunciados em um único boletim pertence a 14 de junho, de 36. Superou o de 8 de junho, de 33 óbitos. Antes era de 6 de abril, de 32 vítimas fatais.

O total de mortes por co­vid-19 em menos de oito meses de 2021, de 1.685, já é 61,4% superior ao registrado em nove meses do ano passado (de mar­ço a dezembro), de 1.044 óbitos. São 641 a mais. O recorde de falecimentos em 24 horas é de 3 de junho, de 26 óbitos, contra 23 de 1º de abril. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13.

De 26 de março de 2020, data do primeiro óbito, a 15 de janeiro deste ano, data da milési­ma morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias. Uma das ocorrências fatais do último boletim foi registrada em 14 de junho e outra em 14 de ju­lho. As outras seis ocorreram em um período de 48 horas, entre terá (3) e quarta-feira, 4 de agos­to. As vítimas são três homens e cinco mulheres com idade entre 35 e 94 anos. Três estavam abai­xo dos 60 anos.

Cinco pacientes estavam em hospitais públicos e três morreram em instituições par­ticulares. Um homem, de 49 anos, e uma mulher de 54 não tinham problemas de saúde e nem comorbidades. As outras seis pessoas eram portadoras de doenças graves como car­diovascular e pulmonar crô­nicas, obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus.

A tendência é de alta na comparação semanal. Entre 22 e 28 de julho ocorreram 22 faleci­mentos na cidade, cerca de um a cada sete horas e 38 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 29 de julho e 4 de agosto, foram confirmados mais 28 óbitos, um a cada seis horas, aumento de 27,3% e seis caso a mais.

Se comparação considerar o período de 14 dias, a tendên­cia ainda é de alta. Entre 8 e 21 de julho foram 71 mortes, um falecimento a cada quatro horas e 44 minutos. Entre 22 de julho e 4 de agosto a cidade re­gistrou 50 óbitos, cerca de um a cada seis horas e 43 minutos, 21 a menos e recuo de 29,6% em relação ao período anterior. São 121 no total de 28 dias.

Os meses com menos faleci­mentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em mea­dos do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia caiu de 2,8% para 2,7% – che­gou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 1,9% em janeiro, 4,1% em fevereiro e 4,1% em março.

Era de 3,6% em abril, chegou a 3,3% em maio, fechou junho em 1,7% e já está em 1% em julho. A média neste ano subiu agora de 2,5% para 2,7% em março, em abril passou de 2,8% para 2,9%, subiu para 3% em maio, caiu para 2,9% e agora está em 2,8%, ainda acima dos índi­ces regional (2,6%) e mundial (2,1%), igual ao nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%).

Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.516 homens (55,6%) e 1.213 mulheres (44,4%). A mais jovem em toda a pandemia é o bebê de um mês que morreu em 22 de junho. A segunda é um menino de seis meses que faleceu em 12 de ju­nho. Uma menina de três anos que morreu em 1º de junho des­te ano é a segunda.

A mais idosa é uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 de fevereiro de 2021. O municí­pio de Ribeirão Preto superou a marca de 102 mil pacientes in­fectados pelo Sars-CoV-2 – são 102.036. O Boletim Epidemio­lógico do Departamento de Vi­gilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.

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