Ribeirão Preto registrou mais 30 casos de covid-19 em 24 horas – mais de um a cada 60 minutos – e o total de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 saltou de 618 para 648 nesta quinta-feira, 21 de maio, aumento de 4,8%. O recorde diário de novos pacientes com coronavírus é da última terça-feira (19), quando 65 moradores da cidade foram diagnosticados com a doença.
Ribeirão Preto também tem 17 mortes por covid-19 – os últimos nove óbitos ocorreram entre os dias 9 e 20 deste mês. A taxa de letalidade é de 2,6%, inferior aos índices regional (4,3%), estadual (7,5%), nacional (6,5%) e mundial (6,5%). Em 21 dias de maio, desde 30 de abril, quando somava 282 pessoas com covid-19, a cidade registrou mais 366 casos da doença, aumento de 129,8%, com média diária de 17 novos pacientes.
Por sexo, são nove homens (52,95%), de 36 anos, 41, 57, 68, 73 (duas vítimas), 76, 79 e 87 anos, e oito mulheres (47,06%), de 51 anos, 58, 70, 76, 80, 85, 88 e 89 anos de idade. Dezesseis tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica (94,1%). Apenas o homem de 76 anos não tinha doença autoimune (5,9%). Quatro pessoas tinham menos de 60 anos (23,5%) e 13 eram sexagenárias, septuagenárias ou octogenárias (76,5%).
O avanço de casos nos últimos dias, segundo o secretário da Saúde, Sandro Scarpelini, é justificado pelo aumento na capacidade de testagem do município. Até os pacientes com sintomas leves de síndrome gripal estão sendo testados nos postos do município. A Secretaria Municipal da Saúde acrescentou às notificações e aos casos descartados também as síndromes gripais.
Os pacientes que procuram atendimento no sistema de saúde do município e estão sendo testados mesmo com sintomas leves de gripe. Atualmente, são 3.502 notificados e 2.564 que testaram negativo, ou 73,2% do total. A cidade também aguarda o resultado de 290 exames que estão represados nos laboratórios (8,3%). Os 648 confirmados representam 18,5%.
Na manhã desta quinta-feira (21), as secretarias da Assistência Social e Saúde informaram à Comissão de Direitos Humanos da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB de Ribeirão Preto (OAB-RP) as medidas tomadas em atendimento a uma moradora de rua que testou positivo para o novo coronavírus na semana passada.
Durante a reunião, a equipe da Saúde informou que a mulher passou por dois atendimentos no Polo Covid-19 durante a semana passada, tendo sido testada positiva com a doença. Dois dias depois, após denúncia anônima, foi resgatada por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na Praça das Bandeiras e passou por novo atendimento no Polo Covid-19, onde recusou a oferta de internação.
Após buscas realizadas pelas equipes do Serviço Especializado de Abordagem Social (Seas), com o objetivo de conscientizá-la sobre a pandemia e a importância de se manter em isolamento, a munícipe aceitou ser acolhida na Casa de Passagem. Ela permanecerá em isolamento social no local pelo período indicado pelos órgãos de saúde e contará com acompanhamento diário das assistentes sociais. Caso apresente piora nos sintomas, a Saúde será acionada.
Alta médica
O Hospital São Francisco de Ribeirão Preto, que faz parte do Sistema Hapvida, amanheceu em clima de festa nesta quinta-feira (21) com a alta médica de mais uma paciente diagnosticada com covid-19. Alcilene Silva Lima de Almeida, de 45 anos, deu entrada no dia 16 de maio e testou positivo para o novo coronavírus.
Com o quadro estável, ela permaneceu internada em enfermaria até a manhã de ontem, quando recebeu alta. “Agradeço a Deus, primeiramente, e a toda a equipe do São Francisco. Estou muito feliz e emocionada por estar aqui, curada”, afirma Alcilene. Antes de deixar o hospital, ela ainda recebeu um certificado de vitória contra a covid-19 e celebrou com muitos aplausos de toda a equipe médica do Grupo São Francisco.
As mortes por covid-19 em RP
– 26 de março: homem, 36 anos, imunodeficiente e com doença renal crônica Estava internado em hospital público
– 3 de abril: homem, 76 anos, sem comorbidades Estava internado em hospital privado
– 4 de abril: mulher, 89 anos, tinha doença neurológica crônica Estava internada em hospital público
– 5 de abril: homem, 57 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internado em hospital público
– 13 de abril: homem, 87 anos, tinha doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica Estava internado em hospital público
– 23 de abril: homem, 73 anos, tinha diabetes mellitus e doença pulmonar crônica Estava internado em hospital público
– 25 de abril: homem, 79 anos, tinha doença cardiovascular crônica, doença neurológica crônica Estava internado em hospital privado
– 26 de abril: mulher, 70 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital privado
– 9 de maio: mulher, 88 anos, tinha diabetes e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital privado
– 10 de maio: mulher, 51 anos, tinha diabetes, doença cardiovascular crônica e doença pulmonar crônica Estava internada em hospital privado
– 12 de maio: mulher, 76 anos, tinha diabetes e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital público
– 14 de maio: mulher, de 80 anos, tinha doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital público
– 14 de maio: homem, 68 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava em casa
– 15 de maio: mulher, 58 anos, tinha diabetes mellitus Estava em casa
– 16 de maio: homem, de 41 anos, com obesidade grau 3 e hipertensão arterial Estava internado na Santa Casa
– 19 de maio: homem de 73 anos, tinha doença cardiovascular crônica e doença hepática crônica Estava internado em hospital público
– 20 de maio: mulher de 85 anos, tinha diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica Estava internada em hospital particular