Ribeirão Preto ainda está sem a vacina bivalente contra a covid-19 produzida pelos laboratórios Pfizer/Biontech para adultos. Não há previsão para chegada de novo lote. A pediátrica da mesma farmacêutica ainda está disponível em algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.
Em nota, a pasta informa que “o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição de todas as vacinas do calendário. As vacinas contra a covid-19 Pfizer adulto e pediátrica não foram fornecidas ao município de Ribeirão Preto”, cita no comunicado. A última remessa, reduzida, foi enviada para a cidade em março
“Diante disso, a vacina Pfizer adulto permanece em falta em todas as unidades de saúde. Já a vacina Pfizer pediátrica ainda está disponível em algumas unidades de saúde. O Ministério da Saúde não informou previsão de data para normalização dos estoques”, ressalta.
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP) também enviou nota ao Tribuna. “O Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) informa que a aquisição e distribuição dos imunizantes contra a covid-19 é de responsabilidade do Ministério da Saúde (MS).”
E prossegue: “Nos meses de fevereiro, março e abril, o repasse feito pelo órgão federal, dos imunizantes Pfizer Bivalente e Pediátrica, foi abaixo do solicitado pelos Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVEs) do Estado”, diz o no comunicado.
Segundo a pasta, no último mês, foram solicitadas 200 mil doses do imunizante Pfizer Pediátrica contra a covid-19 e recebidas 121,5 mil. Em relação à Pfizer Bivalente, a pasta solicitou 400 mil doses e não recebeu nenhuma. Já a Pfizer Baby, o órgão federal repassou todos os quantitativos solicitados.
“O CVE reforça que o Estado de São Paulo não possui estoque da vacina bivalente e que, assim que receber as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a SES fará o envio para as regiões do estado”, finaliza. O imunizante bivalente é o que está mais em falta em Ribeirão Preto.
Por determinação do Ministério da Saúde, Ribeirão Preto passou a adotar, neste ano, uma nova estratégia para a vacinação contra o coronavírus. O objetivo é priorizar a imunização das pessoas mais suscetíveis a casos graves e mortes pela doença.
A lista traz idosos, gestantes e puérperas, imunodeprimidos, crianças menores de 5 anos de idade e pessoas com comorbidades e que integram grupos prioritários. De acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde, esse público-alvo deve receber uma dose da vacina bivalente a cada seis meses.
São pessoas de 60 anos ou mais, imunocomprometidas, gestantes e puérperas que receberam a última dose de qualquer vacina contra a covid-19 há mais de seis meses. Indivíduos que integram outros grupos prioritários realizarão a dose da vacina bivalente anualmente.
Para os indivíduos que não integram os grupos prioritários e que não receberam nenhuma dose prévia ou que receberam apenas uma dose da vacina contra a covid 19, não está sendo recomendada rotineiramente a vacinação pelo Ministério da Saúde. Podem se vacinar pessoas a partir de seis meses de idade.
O tipo de imunizante que o paciente receberá depende da idade e das doses disponíveis. Se o munícipe que não tenha sido vacinado anteriormente ou que tenha recebido apenas uma dose da vacina contra a covid-19 optar por se vacinar, poderá receber ou completar o esquema básico com duas doses. Não deverá receber reforços. Todas as salas de vacina da cidade oferecem os vários tipos de imunizantes.
O primeiro lote com 1,25 milhão de doses da vacina Spikevax contra a covid-19 da Moderna chegou ao Brasil em 2 de maio, segundo a farmacêutica Adium. Serão aproximadamente 40 voos diários para trazer as 12,5 milhões de doses recentemente adquiridas pelo Ministério da Saúde. A expectativa é que chegue a alguns municípios ainda em maio.
A vacina da Moderna possui proteína Spike codificada para a sublinhagem XBB.1.5 do Sars-CoV-2, seguindo as mais recentes recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos internacionais de saúde. As doses da vacina monovalente da Moderna serão destinadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).