Mais 13 moradores de Ribeirão Preto foram diagnosticados com o novo coronavírus entre segunda-feira (4) e esta terça-feira, 5 de maio, e o número de pacientes com covid-19 saltou de 300 para 313, alta de 4,33%. A Secretaria Municipal da Saúde ainda aguarda o resultado de 408 exames que estão represados nos laboratórios.
Apesar de o Instituto Adolfo Lutz ter zerado a fila da testagem há cerca de dez dias, segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, os diagnósticos ainda não foram enviados aos municípios do interior – a divulgação ajudaria a prefeitura a decidir sobre a retomada das atividades econômicas e educativas e também a traçar um sistema de prevenção contra a doença.
Ribeirão Preto tem oito mortes por covid-19. Já foram descartadas 905 suspeitas. As vítimas fatais são seis homens (75%), de 36 anos, 57, 73, 76, 79 e 87 anos, e duas mulheres (28,6%), de 70 e 89 anos de idade. Sete tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica. Apenas o homem de 76 anos não tinha doença autoimune
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a cidade já recebeu 1.626 notificações de supostas ocorrências da covid-19. Os dados foram divulgados no Boletim Epidemiológico, por meio do Departamento de Vigilância em Saúde.
A incidência de mortes da covid-19 em Ribeirão Preto é de 1,14 óbito por 100 mil habitantes.
Segundo a prefeitura, a taxa de letalidade no município é de 2,6%, bem abaixo dos índices mundial (7%), nacional (6,9%) e estadual (8,4%). Em todo o planeta são 3.646.206 casos confirmados e 255.096 mortes. A incidência de óbitos está em 3,36 a cada 100 mil habitantes. No Brasil, a taxa de letalidade é de 6,9%, com 3,57 mortes por 100 mil pessoas.
No estado de São Paulo, com letalidade de 8,4%, são 6,2 óbitos por 100 mil paulistas. A capital tem 20.073 casos confirmados e 1.6843 óbitos, com letalidade de 8,4% e 13,74 mortes por 100 mil paulistanos. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, nesta terça-feira Ribeirão Preto tinha 34 pacientes ocupando leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 34% dos 100 disponíveis. Em 20 dias, desde 16 de abril, a média é de 26 pessoas internadas, taxa de 23,1%. Na enfermaria, dos 166 leitos, 22,3% tinham 37 pacientes em tratamento ontem, com média diária de 32, taxa de 17,7%.
O grupo “Máscaras do Bem de Ribeirão Preto”, constituído pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19, já produziu quase dez mil máscaras de uso doméstico e que estão sendo distribuídas aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e comunidades carentes de Ribeirão Preto, ultrapassando a meta proposta no início do projeto, que era de 7,5 mil equipamentos de proteção.
As máscaras são distribuídas para pacientes, familiares e cuidadores, Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Equipes da Atenção Primária à Saúde, Residências Terapêuticas, Centros de Referência de Especialidades, Ambulatórios de Geriatria e Pneumologia do Núcleo de Gestão Assistências (NGA), entre outros grupos em risco de contaminação pela covid-19.
Segundo a coordenadora do projeto, Emília Chayamiti, a capacidade de produção pelo grupo de voluntários foi potencializada para destinar máscaras de uso doméstico para o maior número possível de pessoas. Ribeirão Preto já tem 75 casos confirmados de síndrome respiratória aguda grave (Srag), segundo o Boletim Epidemiológico, mas 65 são de Sars-Cov-2 (coronavírus) – 27 de março e 38 deste mês. Os outros dez são de influenza: cinco de Flu B, três não identificados (“Srag A não subtipado”), um de H3N2 e um de H1N1.
Quatro destes casos resultaram em mortes, um pelo vírus H3N2, outro pelo Flu B e dois não identificados (“não subtipado”). Em 2020, a Secretaria da Saúde recebeu 432 notificações de Srag. No ano passado inteiro foram 273, contra 346 de 2018. Ribeirão Preto fechou 2019 com 13 mortes por Srag. Foram sete óbitos por H1N1, quatro por H3N2 e dois não subtipados. Em pouco mais de cinco anos, Ribeirão Preto acumula 66 óbitos por Srag.