Tribuna Ribeirão
Cultura

RP recebe evento com debates e espetáculo

O Espaço Sindicato abre as portas para o espetáculo “Frutas & Trans-Gressão – Histórias para Tangerinas e Cavalas-marinhos ou Palesti­na Livre”. Produzido pela Co­letiva Profanas, a atração tem entrada gratuita e conta com apresentações a partir desta quinta-feira, 25 de julho, e na sexta-feira (26), a partir das 21 horas, com intérprete de libras, e também no sábado (27), às 19h30 e às 22 horas com festa pista livre, e ter­mina no domingo (28), com programação para as 17 ho­ras e às 19h30, também com intérprete de libras.

O Espaço Sindicato fica na rua Sete de Setembro nº 1.350, Jardim Sumaré, Zona Sul. A programação também oferece rodas de debate so­bre as corporeidades trans e não-binárias na cena teatral brasileira logo após as apre­sentações. A classificação indicativa é de 16 anos. Com atuação e performance de Manfrin de Oliveira, produ­ção de Rafael Corrêa e com­posição e direção musical de Kashi Melo, o espetáculo é performático e colaborativo, permeado de músicas inédi­tas executadas ao vivo.

O todo se debruça dra­maturgicamente em sua es­tética e tema na questão dual da transgressão e beleza so­bre o corpo não-binário bra­sileiro. O projeto foi selecio­nado em edital do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

Sinopse
Tangerine é a personagem central desta obra. Sozinha, não é mulher, não é homem, nem travesti. Talvez uma drag não-binária ou uma bi­cha afeminada agressiva que canta e dança mágoas em seu talk show solitário. Isso não importa. O necessário é reconhecer que esse corpo é favelado, é brasileiro e canta, mesmo que em dias desafi­nados. Tangerine coloca em cena, com urgência, a sua re­alidade de corpo transitório, em transição.

Mas, de onde e para onde? Onde Tangerine quer chegar vestindo essas roupas? Ques­tões como nome social, iden­tidade de gênero e subversão dos sentidos se mesclam em um “espetáculo quase show”, onde dezenas de depoimentos se confundem entre realidade e imaginário. Em uma narra­ção repleta de músicas auto­rais, Tangerine se desnuda na busca frenética para que acei­tem seu corpo. Mais do que aceitar, ela quer que a deixem existir. Híbrida como os cava­los-marinhos.

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