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RP pode ‘perder’ 2,5 mil moradias

Por 19 votos a favor e seis con­tra, além de cinco abstenções, a Câmara de Ribeirão Preto apro­vou, na sessão desta terça-feira, 22 de maio, pedido de urgência para o projeto de lei do Execu­tivo que autoriza a Companhia Habitacional regional (Cohab­-RP) a doar terrenos à prefeitura para abatimento de uma dívida de mais de R$ 72 milhões.

A proposta também autori­za a administração municipal a transferir esses terrenos para o Fundo de Arrendamento Resi­dencial (FAR), da Caixa Econô­mica Federal. Com a aprovação do pedido de urgência, o projeto volta à pauta já na sessão desta quinta-feira (24), após ter um pedido de adiamento por cinco sessões aprovado na quinta-feira (17) da semana passada.

Apresentado por Gláucia Berenice (PSDB), o pedido de urgência foi aprovado logo após a suspensão da sessão para uma reunião dos vereadores com o secretário municipal do Planeja­mento e Gestão Pública, Edsom Ortega. Segundo o Tribuna apu­rou, ele alertou os parlamentares que, por este ser um ano eleitoral, o prazo para a celebração de con­vênios com o governo federal ven­ce em 7 de junho.

Se o adiamento da votação por cinco sessões fosse mantido, Ribeirão Preto perderia um repas­se de verbas suficiente para a cons­trução de 2.500 moradias popula­res da faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda entre um e 1,5 salário mínimo (de R$ 945 a R$ 1,43 mil). O argumento de Ortega conven­ceu a maioria dos vereadores, que aprovaram o pedido de urgência.

Lincoln Fernandes (PDT) havia pedido o adiamento por cinco sessões – o requerimen­to apresentado pelo pedetista, aprovado por 17 votos a cinco, ainda convocava o presidente da Cohab-RP, Nilson Rogério Baro­ni, para prestar esclarecimentos no plenário no Legislativo.

Segundo o projeto, a Cohab­-RP repassará à prefeitura 13 áre­as para amortizar uma dívida de mais de R$ 72 milhões contraída entre 2013 e 2018 por causa de despesas de contratos de finan­ciamentos habitacionais, quita­das pelo Executivo. Para reduzir a dívida, a administração rece­beria esses terrenos avaliados em R$ 52 milhões e em seguida faria doação ao FAR.

No projeto encaminhado à Câmara, o governo Duarte No­gueira Júnior (PSDB) reconhece que existe hoje um déficit de 53,5 mil moradias de baixa renda na ci­dade. De acordo com o secretário municipal de Planejamento e Ges­tão Pública, Edsom Ortega, o pro­jeto que será analisado permite a continuidade das iniciativas da ad­ministração municipal visando a regularização fundiária de ocupa­ções (favelas) e o desfavelamento.

Ortega destaca que, para viabi­lizar projetos populares, com pres­tações que possam ser assumidas pelas famílias mais pobres, a única alternativa é doar o terreno onde serão construídas as habitações. “Para conseguir moradias popu­lares com financiamento que as pessoas possam pagar, a prefeitura precisa doar a área, do contrário não é viável”, resume Ortega.

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