Tribuna Ribeirão
Geral

RP multa empresa por abandono de viadutos

ALFREDO RISK

A prefeitura de Ribeirão Preto aplicou duas multas, no valor total de R$ 1.492.074,21, na Contersolo Construtora pelo abandono das obras de construção de dois viadutos na avenida Brasil, Zona Norte da cidade. As penalidades foram publicadas no Diário Oficial do Município (DOM) de quar­ta-feira, 26 de agosto.

A primeira autuação trata da construção de um viaduto no cruzamento da Brasil com a Mo­giana. O valor da multa é de R$ 757.644,95. Já a segunda multa, no valor de R$ 734.429,26, é referen­te à quebra do contrato de cons­trução de um viaduto na mesma avenida, mas no cruzamento com a Thomaz Alberto Whately.

A prefeitura de Ribeirão Pre­to já havia autuado as empresas Contersolo Construtora e Coe­sa Engenharia, responsáveis por quatro obras paralisadas das 30 que integram do Programa Ribei­rão Mobilidade – a versão tucana do Programa Aceleração do Cres­cimento II – PAC da Mobilidade, por abandono das intervenções.

As outras autuações fo­ram publicadas no DOM de 18 de agosto, no valor de R$ 3.731.740,97. Com o R$ 1.492.074,21 desta semana, o montante das multas já chega a R$ 5.223.815,18. A prefeitu­ra rescindiu os contratos e já anunciou que vai abrir novas licitações para concluir as qua­tro obras paralisadas do Ribei­rão Mobilidade.

Estão na lista os dois via­dutos na avenida Brasil (Zona Norte), o túnel da praça Salva­dor Spadoni (Zona Sul), e dos corredores de ônibus das ave­nidas Dom Pedro I e Saudade/ Rua São Paulo (Zona Norte). A Contersolo era responsável pela construção dos viadutos e do túnel. A Coesa Engenharia era responsável pelos dois corredo­res de ônibus.

O valor total das obras é de R$ 92.778.335.24 e o saldo rema­nescente, segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas, é de R$ 51.866.000. A multa seria de 10%, mas o valor chegou a R$ 5.223.815,18 – talvez por causa de juros . Segundo o DOM, a Coesa Engenharia foi autuada em R$ 2.031.921,54 pelo aban­dono da obra de construção dos dois corredores de ônibus.

A penalidade foi calculada sobre o saldo remanescente das duas obras, de R$ 20.319.215,47. Já a primeira autuação da Con­tersolo Construtora chega a R$ 1.699.819,43 e é referente às obras do túnel da praça Salvador Spadoni, sob a avenida Nove de Julho. O cálculo tem por base o saldo remanescente, de R$ 16.998.194,35.

No caso da Contersolo, o sal­do remanescente dos dois via­dutos era de R$ 14.548.590,18. O túnel vai passar sob a avenida Nove de Julho, no Jardim Suma­ré, Zona Sul, para ligar as avenidas Independência e Presidente Var­gas. As avenidas Dom Pedro I e Saudade/Rua São Paulo ficam nos bairros Ipiranga e Campos Elíse­os, na Zona Norte. A multa cor­responde ao percentual de 10% do saldo remanescente das obras.

Prevista em cláusula contra­tual, a multa foi anunciada pela prefeitura em 22 de julho, quan­do a administração municipal decidiu rescindir os contratos com as duas empresas. Além das autuações, as empresas também ficarão proibidas de participar de licitações da pre­feitura de Ribeirão Preto.

O contrato do viaduto da avenida Thomaz Alberto Wha­tely é de R$ 13.284.955,62. A obra deveria ter sido entregue em junho deste ano. Já o viadu­to da avenida Mogiana estava orçado em R$ 19.870.000,00 e deveria ficar pronto em janeiro deste ano.

O contrato do túnel da ave­nida Presidente Vargas é de R$ 19.882.700,02. A intervenção teve início em agosto do ano passado e deveria ficar pronta em dezembro de 2021. Já os dois corredores de ônibus na Zona Norte, nas avenidas Dom Pedro I, no Ipiranga, e Saudade, nos Campos Elíseos, são de respon­sabilidade da Coesa Engenharia.

O valor da intervenção é de R$ 39.740.679,60. As obras come­çaram em janeiro do ano passado e deveriam ter sido entregues em janeiro de 2021. Tanto a Conter­slo como a Coesa suspenderam os trabalhos alegando aumento do preço dos insumos – mate­riais de construção.

Agora, não há mais prazo para a conclusão das interven­ções. Uma licitação demora no mínimo 90 dias para ser finali­zada, caso não haja interposição de recursos por nenhum dos participantes. O investimento total no Ribeirão Mobilidade se aproxima de R$ 500 milhões.
São R$ 310 milhões prove­nientes de recursos do Progra­ma de Aceleração do Cresci­mento II – PAC da Mobilidade Urbana e do Saneamento, do governo federal e, o restante do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e ou­tras agências de crédito.

Ao todo, serão implantados onze corredores de ônibus em Ribeirão Preto, num total de 56 quilômetros percorrendo as principais avenidas do muni­cípio, além de pontes, túneis e viadutos que irão proporcionar maior conforto a 4.154.118 usu­ários do transporte público.

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