O Ministério do Trabalho divulgou nesta sexta-feira, 21 de setembro, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Segundo a pasta, o resultado de agosto em Ribeirão Preto é o melhor para o período desde 2010. O saldo do mês passado foi de 1.813, com 9.035 admissões e 7.222 demissões – a cidade abriu cerca de 60 postos de trabalho por dia. Três dos cinco principais setores da economia local fecharam o último mês no “azul” e puxaram a alta: serviços, comércio e construção civil.
O resultado é 35,5 vezes superior ao de agosto de 2017, quando Ribeirão Preto registrou superávit de 51 empregos formais (7.298 contratações e 7.247 dispensas), um crescimento superior a 3.450%, com aporte de 1.762 vagas com carteira assinada. Em relação a julho deste ano, quando a cidade fechou com 635 novos postos, a alta foi de 185,51%, com 1.178 inserções no mercado de trabalho, resultado três vezes maior.
O saldo de agosto também é o melhor deste ano. Ribeirão Preto obteve o melhor resultado entre as cidades do interior paulista. Só fica atrás da capital São Paulo (superávit de 11.176), Além delas, apenas Guarulhos fechou o mês com mais de mil novas vagas abertas (1.301).
Segundo o Caged, o superávit em 2018, até dia 31 do mês passado, é de 4.861 vagas formais, mas a soma dos resultados de janeiro (1.299), fevereiro (524), março (206), abril (589), maio (233), junho (-662), julho (635) e agosto (1.813) indica 4.637 empregos com carteira assinada. A diferença é de 224 postos. Como os balanços setoriais batem com os mensais, o Tribuna considera este total.
Assim, o superávit na cidade em oito meses é quase cinco vezes superior ao de 951 postos abertos no mesmo período do ano passado, acréscimo de 3.686,alta de 387,6% e aporte de 3.686 carteiras assinadas. Foram 64.902 admissões e 60.041 demissões. O resultado para agosto só perde para o de 2010, quando a cidade registrou saldo de 2.287 empregos formais, 474 a mais, 20,7% acima.
O balanço anual também é o melhor desde 2013, quando o superávit em oito meses foi de 6.379 vagas, 27,3% acima, com a geração de 1.742 empregos a mais. Em 2015 e 2016 o município registrou déficits de 2.489 e 1.454 nos respectivos octamestres. Em 2014 o superávit foi de 4.075 vagas, em 2012 de 7.640, em 2011 de 10.094 e, em 2010, de 10.506.
Nos meses de agosto, os resultados anteriores foram de 97 em 2016, déficit de 29 vagas em 2015, superávit de 335 em 2014, de 1.574 em 2013 de 552 em 2012 e de 1.622 em 2011. Nos últimos doze meses, o saldo é positivo, de 4.794 postos de trabalho – 92.521 contratações e 87.727 dispensas.
Ribeirão Preto fechou o ano passado com saldo positivo de 915 novas vagas, o melhor resultado desde 2014, quando a cidade registrou superávit de 1.583 carteiras assinadas – fruto de 127.654 admissões e 126.071 demissões. Em 2017, os principais setores da economia ribeirão-pretana conseguiram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados em 2016, com a geração de 4.775 novas vagas, alta de 123,7%.
Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado registrado pela economia de Ribeirão Preto ocorreu em 2010, quando os principais setores contrataram 109.136 pessoas e dispensaram 94.784, superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empregos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864.
Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteligência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo economista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos formais.
Três setores fecharam agosto com superávit
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira, 21 de setembro, três dos cinco principais setores da economia de Ribeirão Preto fecharam agosto no “azul”.
O setor de serviços fechou agosto com superávit de 1.130 vagas, resultado de 5.173 admissões e 4.043 demissões. No ano, acumula 3.822 postos de trabalho abertos, com 36.062 contratações e 32.240 dispensas. Em doze meses, são 4.061 empregos formais criados, com 50.613 contratos assinados e 46.552 rescisões.
O comércio também fechou o mês passado no “azul” e superávit de 433 vagas, com 2.370 admissões e 1.937 e demissões. No octamestre, o saldo é positivo de mais 383 postos, com 18.200 contratações e 17.817 dispensas. Em doze meses, o resultado é positivo, com superávit de 951 ofertas de emprego, fruto de 27.098 carteiras assinadas e 26.147 rescisões.
A construção civil admitiu 776 operários e demitiu 484, fechando agosto com superávit de 292 empregos. No ano, o resultado positivo é de 670 carteiras assinadas, com 4.768 contratações e 4.098 dispensas. Em doze meses, porém, o resultado é preocupante, com saldo ínfimo de 28 postos. Foram 6.701 admissões e 6.673 demissões.
A indústria contratou 609 pessoas e dispensou 646 em agosto, déficit de 37 vagas. No octamestre o setor abriu 154 vagas, com a geração de 5.250 empregos formais e a extinção de 5.096. Em doze meses, o setor também está no “vermelho”: foram extintos 54 postos, com 7.229 contratações e 7.283 dispensas.
Por fim, a agropecuária fechou agosto com déficit de duas vagas, fruto de 23 admissões e 25 demissões. No ano, o saldo é de 29 carteiras assinadas, com 300 contratações e 271 dispensas. Em doze meses, a atividade registra 35 novos empregos formais, com 406 postos abertos e 371 fechados.