A prefeitura de Ribeirão Preto abriu processo licitatório para implantar nove quilômetros do corredor de ônibus Norte-Sul, correspondentes a dois dos quatro trechos que formam a obra viária. As avenidas contempladas nesta licitação são a Independência, Meira Júnior, Cavalheiro Paschoal Innecchi e Mogiana. A previsão de investimento inicial é da ordem de R$ 50.752.652,86, com prazo de execução de 18 meses. A obra também contempla uma ciclovia de 4,5 quilômetros na avenida Luzitana.
“Esta obra corta a cidade de Norte a Sul, como o próprio nome diz, beneficiando todas as regiões de Ribeirão Preto. Todos os dias, passam por essas avenidas entre 15 e 18 mil passageiros do transporte coletivo urbano. Queremos atingir a meta de uma média máxima de meia hora dentro do ônibus entre o ponto de origem até o destino final do passageiro, garantindo maior qualidade de vida aos nossos munícipes”, afirma o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB).
Segundo levantamento feito pela Empresa de Trânsito e Transportre Urbano de Ribeirão Preto (Transerp), nos horários de pico, a avenida Mogiana recebe cerca de 1.500 veículos por sentido, enquanto que pela Paschoal Innecchi passam até dois mil na hora do rush. Já a Meira Júnior registra 2,2 mil e a Independência, três mil motoristas por sentido.
Além das avenidas citadas, o corredor Norte-Sul é formado pelas avenidas Recife, Thomaz Alberto Whately, Brasil, Ligia Latuf Salomão, Braz Olaia Acosta, Coronel Fernando Ferreira Leite e um trecho da avenida Independência – estes trechos estão em fase final de elaboração do projeto executivo para serem licitados. “Este projeto faz parte dos 11 corredores de ônibus, num total de 56 quilômetros percorrendo as principais avenidas da cidade, inclusos no Programa Ribeirão Mobilidade. Nós já iniciamos os corredores das avenidas do Café, Saudade e Dom Pedro I”, ressalta o chefe do Executivo.
Estrutura diferenciada
“Este é o corredor mais diferenciado que teremos na cidade, visto que as paradas de ônibus serão localizadas no canteiro central das avenidas, a cada 500 metros, com faixas de rolamento exclusivas para os ônibus, seguindo o modelo das grandes avenidas das capitais. Além disso, contará com botoeiras para pedestres e sinalização eletrônica inteligente, que detecta a presença do ônibus e abre para garantir a fluidez do trânsito”, explica o secretário de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro.
O projeto contempla a melhoria nos canteiros centrais para garantir acessibilidade aos pedestres, principalmente aqueles com dificuldades de mobilidade. Todas as esquinas contarão com rampas de acesso para cadeirantes com piso tátil direcional e de alerta, indicando os pontos de espera e de travessia. De acordo com o secretário, as novas rampas vão medir 1,50m de extensão e abas com 1,80m de largura, ficando uniformes com a faixa de pedestres e mantendo o nível da rua.
Por fim, será feito um recapeamento reforçado nas faixas preferenciais de todos os corredores para garantir maior tempo de uso e menor risco de danos devido ao peso do veículo, além do piso de concreto nas paradas de ônibus. Outros três corredores já estão sendo implantados na cidade. Os eixos da avenida Dom Pedro I, no Ipiranga, e avenida Saudade-rua São Paulo, nos Campos Elíseos, com 5,53 e 5,28 quilômetros de extensão, respectivamente, vão custar cerca de R$ 39,74 milhões.
Serão beneficiados mais de 2,36 milhões de usuários do transporte. Na avenida do Café, entre a Cidade Universitária e a Vila Tibério, na Zona Oeste, são 3,23 quilômetros de extensão, beneficiando 116.709 usuários do transporte coletivo urbano. A obra está sendo executada pela DGB Engenharia por R$ 14,86 milhões. As intervenções fazem parte do Programa Ribeirão Mobilidade.