Segundo as estatísticas criminais divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP/SP) nesta terça-feira, 25 de julho, as ocorrências envolvendo denúncias de estupro dispararam em Ribeirão Preto no primeiro semestre deste ano, mas registraram leve queda em junho na comparação mensal.
De 1º de janeiro a 30 de junho, foram denunciados 100 casos, contra 59 do mesmo período de 2022. São 41 a mais e alta de 69,49%. Na comparação entre maio e junho, houve leve recuo de 6,66%, de 15 para 14, um a menos. A maioria das ocorrências foi registrada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
Os 24 casos de janeiro representam o maior número desde que a pesquisa passou a ser divulgada, em 2001. Até então, a quantidade mais elevada de ocorrências havia sido registrada em agosto de 2021, com 19 casos, marca agora igualada em março deste ano. Abril detém a terceira posição com 17.
Dos 100 ataques consumados este ano, em Ribeirão Preto, 73 envolvem crianças ou adolescentes, que estão no grupo dos “vulneráveis”, 73% do total. A média é de um crime a cada 42 horas. No ano passado foram registrados 123 casos. Na comparação com os 132 de 2021, são nove a menos e recuo de 6,82%.
A média em 2022 é de aproximadamente um caso a cada 72 horas. Dos 123 estupros do ano passado, em 75 as vítimas eram crianças ou adolescentes, 60,97. Ao contrário dos crimes contra o patrimônio, este tipo de atentado só pode ser evitado se a vítima denunciar. Em 2021 houve aumento de 135,7%.
Foram 132 casos contra 56 de 2020, ou seja, 76 a mais. A média ficou em um a cada três dias. Oitenta e oito crianças ou adolescentes foram vítimas deste tipo de crime no ano passado, 66,7% do total. Em 2020, em 44 das denúncias as vítimas eram vulneráveis (78,6%).
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo diz que os casos de estupro podem ser denunciados na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e que este tipo de crime está relacionado à implantação de políticas públicas por parte dos municípios e do estado.
Homicídios
Ribeirão Preto registrou 21 homicídios nos primeiros seis meses do ano passado, contra 19 deste ano, dois a menos e queda de 9,52%. Não houve ocorrências em maio deste ano, contra quatro de junho. Houve um latrocínio no primeiro semestre de 2022, contra dois deste ano, alta de 100% e um a mais. Ou seja, já são 21 mortes violentas em 2023.
No balanço anual, caiu 7,1%, de 56 em 2021 para 52 no ano passado, quatro a menos. A média em 2022 é de um caso a cada sete dias e meio. A cidade teve 56 homicídios em 2021, contra 49 de 2020, sete a mais e alta de 14,3%. Significa uma morte a cada seis dias em 2021. A taxa de casos por 100 mil habitantes no ano passado foi de 6.95, após subir de 6.62 em 2020 para 7.69 em 2021, a maior desde 2016, de 7.79.
Em fevereiro e dezembro do ano passado houve latrocínios – roubo seguido de morte. Em 2021, foram registrados casos em julho e dezembro, mas no ano anterior foram quatro. No balanço anual a queda foi de 50%. Somando as duas modalidades – homicídios e latrocínios –, Ribeirão Preto terminou 2021 com 58 assassinatos, cerca de um a cada seis dias. Em 2022 foram 54. Não houve esse tipo de crime em janeiro de 2023.