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RP investiga doze óbitos por dengue 

Em nove anos já são 46 mortes e doze estão em investigação, sete de 2024 e cinco de 2025, que já soma 711 casos de dengue  

Em 2025, já são 711 casos confirmados em Ribeirão Preto, além de 3.448 e três mortes sob investigação da Secretaria Municipal da Saúde (Frame EBC )

No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história considerando o número de casos registrados. De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade fechou 2024 com mais de 44.400 vítimas do mosquito Aedes aegypti – transmissor da doença, das febres chikungunya e amarela na área urbana e de zika.

Em 2025, já são 711 casos confirmados, além de 3.448 sob investigação. Em uma semana, mais 340 pacientes procuraram atendimento na cidade. Cinco mortes também estão sendo apuradas, além de sete óbitos suspeitos remanescentes de 2024, doze no total. Duas pessoas morreram em janeiro do ano passado, quando a cidade registrou 2.998 ocorrências sem vítimas fatais.

Na comparação mensal, são 2.287 casos a menos em janeiro deste ano, queda de 76,28%. A prefeitura de Ribeirão Preto já intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti , já que nessa época a tendência é de avanço da doença devido às chuvas de verão.

Segundo dados atualizados nesta quarta-feira, 29 de janeiro, a cidade fechou 2024 com 44.487 casos de dengue, maior volume da história da cidade, superando em 26,95% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 9.444 a mais, além de 65.679 sob investigação. Também já soma 32.185 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 261,62%.

Os dados são atualizados semanalmente e ainda podem ser alterados. No ano passado, 16.319 tinham entre 20 e 39, outras 10.968 estavam na faixa dos 40 a 59 anos, 7.047 são do grupo entre 10 e 19 anos, 5.480 eram idosos acima de 60 anos, 3.054 crianças de 5 a 9 anos, 1.336 entre 1 e 4 anos e 283 eram bebês com menos de 1 ano de idade.

Em 2025, dos 371 casos de dengue confirmados em Ribeirão Preto, 241 pacientes têm entre 20 e 39 anos, 193 são do grupo de 40 a 59 anos, 122 têm mais de 60 anos, 104 estão na faixa de 10 a 19 anos, 35 são crianças de 5 a 9 anos, 14 têm entre 1 e 4 anos e duas vítimas tem menos de 1 anos.

Em 2024, a cidade registrou 13.162 casos na Zona Leste, além de 10.819 na Oeste, 8.651 na Norte, 6.578 na Sul e 5.264 na Central, além de 13 ainda sem identificação de distrito. Neste ano, são 232 na Zona Leste, 157 na Sul, 111 na Central, 103 na Oeste e 77 na Norte, além de 31 sem identificação.

Ribeirão Preto fechou 2023 com 12.302 casos de, 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. Em pouco mais de 16 anos, a cidade já registrou 205.437 casos de dengue. Foram contabilizadas 300 ocorrências de febre chikungunya em 2024, oito importadas. No ano anterior, foram 121, sendo 107 autóctones. São duas em 2025.

Ribeirão Preto registrou 23 mortes em decorrência de dengue no ano passado, segundo dados do Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde. Há sete em investigação. Desde 2016 já são 46 casos fatais. A cidade já superou em 155,55% o número de óbitos do período anterior – 14 a mais que os nove de 2023.

O prefeito Ricardo Silva (PSD) e o secretário municipal da Saúde, Maurício Godinho, anunciaram na terça-feira (28) que todas as 68 unidades de saúde de Ribeirão Preto funcionarão como polos de atendimento para casos de dengue. A medida visa evitar sobrecarga do sistema de saúde nas três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e na Unidade Básica e Distrital de Saúde (UBDS) da Vila Virgínia.

No total, serão 68 Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF), nas UPAs e na UBDS da Vila Virgínia atenderão pacientes com sintomas da doença, separadamente dos outros tipos de atendimentos médicos e não será necessário agendamento prévio, como os realizados em outras especialidades nos postinhos.

A prefeitura de Ribeirão Preto também anunciou parceria com o Hospital das Clínicas, Hospital Estadual, Beneficência Portuguesa, Santa Casa de Misericórdia e Hospital Santa Lydia para atendimento de casos graves que necessitem de internação.

O sorotipo 3 da dengue (DENV-3) já foi constatado em Ribeirão Preto este ano, segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). “O sorotipo 3 não circula no Brasil desde 2008. São 17 anos sem esse sorotipo circulando em maior quantidade. Temos muitas pessoas suscetíveis”, diz a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA),, Ethel Maciel.

De acordo com a secretária, o tipo 1 predominou por boa parte de 2023 e 2024. O tipo 2 cresceu em importância ao longo do ano passado e, desde dezembro, foi observado um aumento significativo de casos causados pelo sorotipo 3, em especial em São Paulo, Amapá, Paraná e Minas Gerais.

Ao todo, existem quatro sorotipos do vírus causador da doença (DENV-1, 2, 3 e 4). Ao contrair dengue, a pessoa fica imunizada permanentemente para o sorotipo que causou a infecção, mas não para os outros, daí a doença poder ser contraída mais de uma vez.

 

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