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RP gera R$ 1,2 bi em impostos

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Os contribuintes brasileiros pagaram, em 2022, a marca de R$ 2.890.489.835.290,32 em impostos, de acordo com o Im­postômetro, painel instalado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no Centro Histórico da capital paulista. Esse é o montante arrecadado aos governos federal, estadual e municipal incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.

Em 2021, o mesmo painel re­gistrou R$ 2.592.601.562.926,43. O aumento entre um ano e outro, portanto, foi de aproxi­madamente 11,5%, quase R$ 298.000.000 a mais. A despesa do ribeirão-pretano com im­postos avançou no passado em comparação com 2021, segun­do o Impostômetro. De 1º de janeiro até 31 de dezembro, os contribuintes de Ribeirão Preto pagaram R$ 1.229.230.253,48, ante R$ 1.102.548.169,33 do período anterior.

São R$ 126.682.084,15 a mais, também alta de 11,5%. Em 2021 houve queda de 22,9% em relação aos R$ 1.430.464.992,97 de 2020, re­núncia de R$ 327.916.823,64. O biênio 2020-2021 foi marca­do por lockdowns e uma série de restrições ao comércio, à in­dústria, à prestação de serviços e às atividades esportivas, de lazer e culturais por causa da pandemia de coronavírus.

Mesmo assim, a arrecada­ção nos dois anos superou a de 2019, quando a receita com taxas e tributos municipais, es­taduais e federais chegou a R$ 1.033.131.882,90. Naquele ano, Ribeirão Preto ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em tribu­tos arrecadados pela primeira vez, segundo dados revisados pelo Impostômetro.

Per capita
O ribeirão-pretano desem­bolsou no ano passado, em mé­dia, R$ 1.749,19 apenas para pagar impostos municipais, estaduais e federais, segundo a ACSP Impostômetro – a cidade tem 702.739 habitantes, de acor­do com o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Ge­ografia e Estatística (IBGE), concluído em dezembro.

O valor é 14,2% superior aos R$ 1.531,07 per capita de 2021, quando 720.116 pessoas viviam em Ribeirão Preto, segundo o IBGE, apesar de o Censo De­mográfico ter alterado esta esti­mativa. O acréscimo em 2022 é de R$ 218,12. Em 2020, quando a cidade contava com 711.825 habitantes – também acima do número atual –, a arrecadação per capita era de R$ 2.009,57, de acordo com o painel da ACSP.

Em 2019, a cidade tinha 703.293 habitantes e cada um desembolsou R$ 1.468,99 para pagar impostos. No ano passado, a arrecadação de tributos injetou R$ 3.367.754.119,12 por dia nos cofres da Secretaria Municipal da Fazenda, R$ 140.323.088,30. Em 2021 a média diária era de R$ 3.020.679,91, ou R$ 125.861,66 a cada 60 minutos.
A arrecadação per capita, segundo o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo, deve ser ainda mais alta, já que os cálculos consideram o total de moradores e não a população economicamen­te ativa e que paga impostos. Com um público menor, o va­lor por pessoa sobe.

Em 2023
Até as 18 horas desta ter­ça-feira, 10 de janeiro, os con­tribuintes de Ribeirão Preto haviam desembolsado R$ 42.265.760 em impostos so­mente em dez dias de 2023, cerca de R$ 4.226.576 a cada 24 horas. No Brasil, no mesmo horário, a arrecadação estava em R$ 99.232.681.209,21. No Estado de São Paulo, era de R$ 35.371.783.265,87 na noite de ontem. Em 2021, chegou a R$ 924.272.355.515,59 e, em 2022, atingiu R$ 1.030.470.661.925,42.

Conta
Entram na contabilidade impostos, taxas e contribui­ções, incluindo as multas, ju­ros e a correção monetária. De acordo com a avaliação do eco­nomista do Instituto Gastão Vidigal da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, o avanço em 2022 deu-se pela maior arrecadação de tributos federais, apesar das desonerações promovidas pelo governo, como foi o caso dos combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.

“Adicionalmente, ainda, tive­mos inflação em níveis elevados, o que encarece produtos e servi­ços”, pontua o especialista. Ruiz de Gamboa defende a realização de reformas estruturais para re­duzir o peso dos impostos. “A nossa carga tributária conti­nua sendo elevada para os pa­drões de um país emergente. A reforma administrativa e a contenção dos gastos públicos são alguns dos caminhos para diminuir o peso dos impostos”, sugere o economista.

Controvérsia
União, Estados e municí­pios e até o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) dis­cordam dos métodos utilizados pelo Instituto Brasileiro de Pla­nejamento e Tributação (IBPT) – que elabora o painel para a ACSP – para chegar a estes nú­meros. Segundo o IBPT, 65% dos tributos ficam com a União, 28% vão para os Estados e 7% são dos municípios.

O Impostômetro no ano passado
Ribeirão Preto:
R$ 1.229.230.253,48
Per capita:
R$ 1.749,19
Brasil:
R$ 2.890.489.835.290,32
Estado de São Paulo:
R$ 1.030.470.661.925,4

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