Ribeirão Preto permanecerá mais 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo. A nova reclassificação será em 5 de fevereiro e começará a vigorar no dia 8, uma segunda-feira. A 17ª atualização da quarentena foi anunciada nesta sexta-feira, 8 de janeiro. Porém, toda a região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que abrange mais 25 cidades, pode regredir para a faixa laranja e até para a vermelha a qualquer momento, caso os indicadores melhorem ou piorem.
Para que uma região possa ascender ou retroceder de fase, o Centro Estadual de Contingência da Covid-19 avalia a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), internações e óbitos por 100 mil habitantes e incidência de casos de coronavírus, óbitos e internações. Segundo a última atualização do Plano São Paulo, a região de Ribeirão Preto tem dois índices de fase verde e três da etapa amarela.
De acordo com dados dos últimos 14 dias consolidados na quinta-feira, 7 de janeiro, a área da DRS-XIII tem 57,2% de ocupação de leitos de UTI e taxa de 11,8 vagas de terapia intensiva para cada 100 mil habitantes. Estes critérios têm peso maior na avaliação e colocariam a região na fase verde, apesar de os dados desta semana, apenas da cidade de Ribeirão Preto, apontarem para um possível colapso no sistema hospitalar municipal que atende pacientes com coronavírus (leia nesta edição).
Critérios da fase amarela
Os outros três critérios do Plano São Paulo mantiveram a região na fase amarela: 181,4 novos casos para cada grupo de 100 mil habitantes, 36,7 internações para cada 100 mil moradores e 3,6 novos óbitos por 100 mil pessoas. A partir de segunda-feira, 11 de janeiro, quando terá início a 17ª etapa do Plano São Paulo, a fase amarela passará a permitir 40% de ocupação presencial para todas as atividades liberadas, incluindo parques estaduais, e expediente geral de até dez horas diárias.
O atendimento presencial terá que ser encerrado às 22 horas em todos os setores. Nos bares, as portas devem fechar ao público mais cedo, às 20 horas. Atividades não essenciais que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidas. “A meta principal é evitar aglomerações e voltar a reduzir o fluxo de pessoas em horários específicos”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. “O grande objetivo neste momento é reduzir a circulação do vírus. Nós precisamos reduzir aglomerações, e elas acontecem principalmente no período da noite”, acrescenta.
A região do DRS XIII é formada por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.
Manifestação cancelada
O ato agendado para a tarde desta sexta-feira, contra a possível regressão da região de Ribeirão Preto para a fase vermelha do Plano São Paulo, foi cancelado após o anúncio da permanência das 26 cidades do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII) na fase amarela. Porém, as entidades do setor produtivo dizem que seguem vigilantes e mobilizadas a apoiar futuras manifestações sempre que for necessário.
SP ‘endurece’ critérios para progressão de fase
O coordenador do Centro Estadual de Contingência da Covid-19, Paulo Menezes, informou nesta sexta-feira (8) que os novos critérios de avaliação de indicadores de internações, ocupação de leitos e mortes levou o governo a endurecer a possibilidade de progressão de qualquer região novamente à fase verde do Plano São Paulo, que permite a maioria das atividades não essenciais com menos restrições de horário e público.
Cada região passa a precisar alcançar 30 internações por 100 mil habitantes e três mortes por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, além de passar 28 dias seguidos na fase amarela antes de avançar. Os critérios de saúde na fase laranja também ficam mais rígidos. O limite máximo da taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) passa de 75% para 70% em cada região.
Também há mudanças nos indicadores de variação para casos, mortes e internações, com parâmetros para todas as fases do Plano São Paulo. Se a ocupação de UTIs superar 80%, haverá recuo para a fase vermelha, com fechamento de atividades. Na macrorregião, as áreas dos Departamentos Regionais de Saúde de Barretos (DRS-V) e Franca (DRS-VIII) também vão permanecer na fase amarela.
Houve mudanças também em relação às restrições de atividades na fase laranja, onde estão cidades de quatro dos 17 Departamentos Regionais de Saúde (10%): Presidente Prudente, Marília, Sorocaba e Registro. Academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros e parques estaduais passam a poder funcionar na fase laranja.
Todas as atividades liberadas podem funcionar por até oito horas diárias, e não mais apenas quatro, e a capacidade de público também sobe de 20% para 40%. Porém, os estabelecimentos devem encerrar o atendimento presencial às 20 horas. O consumo local em bares está totalmente proibido. As outras 13 áreas de saúde (90%) seguem na fase amarela.
Plano São Paulo
O Plano São Paulo é dividido em cinco fases, que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). O plano divide o estado em regiões e cada uma delas é classificada em uma fase, dependendo de fatores como a capacidade do sistema de saúde e a evolução da epidemia.
Segundo os novos critérios do Plano São Paulo para a fase amarela, todas as atividades poderão atender dez horas por dia a partir de segunda-feira
Os horários da fase amarela do Plano SP
– Comércio em geral
Dez horas por dia
De segunda a sexta
Das 8 às 18 horas
Sábados
Das 9 às 17 horas
Limite: 22 horas
Capacidade: 40%
– Shopping centers
Dez horas por dia
De segunda a domingo
Entre 10 e 22 horas
Capacidade: 40%
Domingo dia 11
Das 14 às 20 horas
– Bares
De segunda-feira a domingo
Dez horas por dia
Limite: 20 horas
Venda de bebida alcoólica
Até as 20 horas
– Restaurantes e lojas de conveniência
De segunda-feira a domingo
Dez horas por dia
Limite: 22 horas
Venda de bebida alcoólica
Até as 20 horas
Capacidade: 40%
– Permanência de clientes
Até as 22 horas
– Academias e quadras de esporte
Dez horas por dia: horário flexível
Capacidade: 40%
– Salões de beleza e estética
De segunda a sábado
Das Entre 8 e 18 horas
Capacidade: 40%
– Parques, cinemas, teatros e afins
Dez horas por dia
Capacidade: 40%