Segundo o último Boletim Epidemiológico, divulgado nesta terça-feira, 15 de janeiro, pela Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ribeirão Preto registrou 15 casos de dengue em dezembro do ano passado. O número é 42,3% menor do que o registrado no mesmo mês de 2017, quando ocorreram 26 registros da doença, onze a menos. Em 2018 inteiro foram 246 os casos, número exatamente igual ao do período anterior.
A quantidade de vítimas do Aedes aegypti – mosquito transmissor da doença, do zika vírus, da febre chikungunya e da amarela na área urbana – nos dois períodos está entre as mais baixas registradas nos últimos doze anos. O segundo menor registro de casos foi em 2012, com 317 casos. Em 2014 foram 398 registros. Nos demais oito anos os casos confirmados foram superiores a mil, em alguns deles passando de dez mil registros, como em 2016 (de 35.043 casos), 2010 (de 29.637), 2011 (de 23.384) e 2013 (de 13.179).
A Secretaria Municipal da Saúde pede à população para não relaxar, evite água parada e elimine os criadouros do vetor, principalmente agora, quando começa a época das chuvas. Neste ano foram 45 casos em janeiro, 37 em fevereiro, 28 em março, 42 em abril, 35 em maio, 17 em junho, onze em julho, cinco em agosto, um em setembro, seis em outubro, quatro em novembro e 15 emdezembro. Das 246 pessoas picadas pelo Aedes aegypti, 81 moram na Zona Leste, mais 64 na Oeste, 49 na Norte, 35 na Sul e 17 na Central. O total de casos de 2018 é 99,3% inferior do que os 35.043 de 2016, 34.797 a menos. A cidade também tem 1.492 notificações sob investigação.
Já para a chikungunya não houve nenhum caso confirmado em dezembro dos dois últimos anos. Em 2018, Ribeirão Preto atendeu oito pessoas com a febre transmitida pelo Aedes aeghypti – uma em março, uma em abril, uma em maio, outra em junho, uma em agosto, uma em setembro e duas em outubro. No entanto, fechou 2017 com aumento de 344,4%. Os dados mostram que o total saltou de nove para 40, com 31 pacientes a mais no ano passado.
Foram notificados e investigados 55 casos de zika vírus neste ano, nenhum confirmado. Não há casos de microcefalia ou febre amarela. Segundo o mais recente Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), o índice de infestação predial (IIP), que mede a quantidade de criadouros do Aedes aegypti em Ribeirão Preto é de 2,7%, e a cidade está em alerta contra o vetor. Significa que a cada 100 imóveis, quase três têm focos do inseto. No levantamento de junho a situação era bem pior e o município estava no grupo de risco, com IIP de 5,3%. Fechou 2017 em alerta. Na época, o índice estava em 1,3% – inferior ao de 2016, de 1,6%.
Nesta época do ano em que as chuvas são mais frequentes e facilitam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças, a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto pede a conscientização da população para que faça a vistoria e eliminação de focos de água parada em suas residências semanalmente. “A conscientização e participação da população na eliminação de criadouros do mosquito, aliada ao trabalho da Secretaria da Saúde, que foi reforçado com limpeza, orientações e palestras para bloquear o avanço das doenças que ele transmite, é fundamental.”, diz o secretário municipal da Saúde, Sandro Scarpelini.
Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700 casos
2010 – 29.637 casos
2011 – 23.384 casos
2012 – 317 casos
2013 – 13.179 casos
2014 – 398 casos
2015 – 4.689 casos
2016 – 35.043 casos
2017 – 246 casos
2018 – 246 casos