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RP fecha 2023 com 11.892 casos  

Número de casos de dengue em Ribeirão Preto, entre janeiro e dezembro do ano passado, chegou a 11.892 e fechou está 58,94% acima das 7.482 ocorrências de 2022: larvas estão em 3% das casas  (Reprodução)

O número de casos confirmados de dengue em Ribeirão Preto, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023, fechou em 11.892. Encerrou o ano passado 58,94% acima das 7.482 ocorrências de todo o período anterior. São 4.410 vítimas do mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e da febre chikungunya – a mais. Ainda há 25.339 casos em investigação.

A cidade ainda pode enfrentar nova epidemia em 2024 com o retorno do sorotipo 3 da doença. Este vírus não circulava no Brasil desde 2006. O risco é maior para quem já foi vítima do Aedes aegypti. A situação pode complicar por causa do período de chuvas, mais frequentes no verão, até março. São três casos em janeiro

Mais 630 novos casos foram anunciados em um mês – eram 11.262 até 30 de novembro. Os dados são atualizados mensalmente. A média em 2023 ficou em 36 por dia, um a cada 40 minutos. Foram oito mortes em decorrência da doença em 2023, três em março, duas em abril, duas em maio e uma em junho. Em 2022 ocorreu uma morte.

Ribeirão Preto fechou 2022 com 20 ocorrências diárias, em média. Além do recorde de chuva no verão e início de outono, a falta de atenção e de cuidado da população propiciou o surgimento de criadouros e a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Foram 422 casos em dezembro de 2023, contra 284 de outubro, 138 a mais e alta de 48,59%. Em relação aos 89 do mesmo período do ano anterior, a alta chega a 374,16%. São 333 a mais. A cidade teve 398 em janeiro, 888 em fevereiro, 2.478 em março, 3.605 em abril, 2.712 em maio, 663 em junho, 136 em julho, 88 em agosto, 82 em setembro e 133 em outubro.

O número de casos de dengue em 2022, em Ribeirão Preto, foi 20 vezes superior ao total de 2021 inteiro: 7.482 vítimas do mosquito Aedes aegypti, contra 360 de 2021. São 7.122 a mais em 2022 e alta de 1.978%.  De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental, Maria Lucia Biagini, no último levantamento do índice de larvas do mosquito, feito na primeira quinzena de outubro, foram encontrados focos do Aedes aegypt em três a cada 100 casas vistoriadas. Ou seja, em 3% dos imóveis visitados.

“O foco não tem apenas uma larva que irá virar um mosquito, ele tem dezenas de larvas que irão se transformar em mosquito adulto e irão prejudicar os moradores das casas e os vizinhos”, explica a chefe da Divisão de Vigilância Ambiental. A situação pode complicar no verão

Maria Lucia ressalta que, por isso, a conscientização e colaboração da população é fundamental para o controle da doença. “Pedimos à população que entre nessa briga conosco, vistorie sua casa. Ribeirão Preto possui 276 mil imóveis cadastrados na divisão, portanto, como que o Controle de Vetores pode estar nessas casas pelo menos uma vez por semana, é humanamente impossível e todos temos que fazer a nossa parte”, alerta.

Queda – Em 2021, o número de casos despencou em Ribeirão Preto, na comparação com o ano anterior. Segundo dados do Boletim Epidemiológico, divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde, em 2020 foram registrados 17.606. Ou seja, a queda é de 98%, ou 17.246 a menos.

Faixa etária – A última vez que Ribeirão Preto declarou epidemia de dengue havia sido há três anos, na primeira metade de 2020, a sexta em pouco mais de uma década. Na época, a média diária de pessoas diagnosticadas com o vírus transmitido pelo Aedes aegypti em 365 dias foi de 48, duas por hora.

No ano passado, das 11.892 vítimas, 4.285 pessoas têm entre 20 e 39, outras 2.953 estão na faixa dos 40 a 59 anos, 1.958 estão entre 10 e 19 anos, 1.422 têm mais 60 anos, 912 são crianças de 5 a 9 anos, 307 têm entre 1 e 4 anos e 55 são bebês com menos de 1 ano de idade. São 3.849 casos na Zona Leste, 2.787 na Oeste, 1.984 na Norte, 1.836 na Sul e 1.424 na Central, além de doze casos sem identificação de distrito.

Chikungunya – Em 14 anos, Ribeirão Preto já registrou 160.443 casos de dengue. Em 2021, teve dois casos de febre chikungunya importados da Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, e Goiânia, capital do Estado de Goiás. Em 2022 foram cinco ocorrências, quatro importados. Neste ano são 75 casos, 13 importados.

Não há casos de zika vírus e febre amarela em 2021, 2022 e 2023. Em 2019, cidade registrou 79 casos de sarampo. Em 2020, mais quatro, totalizando 83 desde então. Não há ocorrências nos três últimos anos. Oitenta por cento dos focos de dengue estão dentro das casas da cidade. A prefeitura tem realizado vários mutirões para recolher criadouros do vetor, mas a população tem de colaborar.

Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700
2010 – 29.637
2011 – 23.384
2012 – 317
2013 – 13.179
2014 – 398
2015 – 4.419
2016 – 35.043
2017 – 248
2018 – 270
2019 – 14.520
2020 – 17.606
2021 – 360
2022 – 7.482
2023 – 11.892
Total desde 2009: 160.443

Eliminação do  Aedes aegypti 
• Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água;
• Descartar pneus usados em postos de coleta da prefeitura;
• Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas;
• Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água;
• Tampar ralos;
• Manter o vaso sanitário sempre fechado;
• Identificar sinais de umidade em calhas e lajes;
• Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.

 

 

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