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Lixo: RP é segunda em ranking de coleta

JF PIMENTA/ ARQUIVO TRIBUNA

A Estre Ambiental, empre­sa responsável pelos principais serviços de limpeza pública em Ribeirão Preto, não vai acei­tar a prorrogação do contrato que tem com a prefeitura de Ribeirão Preto para a coleta e transbordo do lixo produzido na cidade, conforme o Tribuna antecipou na edição de 22 de ju­nho. A administração municipal já prepara a nova licitação. Em meio à polêmica, a Indsat acaba de divulgar o ranking deste ser­viço no Estado de São Paulo.

Ribeirão Preto tem o segun­do melhor serviço de coleta de lixo e aparece na vice-liderança com 793 pontos. Por causa do bom desempenho, foi contem­plada com o “Alto Grau de Satis­fação”da Indsat, atribuído aos se­tores que registram de 650 a 799 pontos. A pesquisa foi realizada no primeiro trimestre deste ano.

No total, as dez maiores ci­dades paulistas, analisadas tri­mestralmente pela Indsat, foram contempladas com o “Alto Grau de Satisfação”. A escala de pontu­ação vai de 200 a 1.000 pontos e o índice é calculado a partir de uma metodologia exclusiva de classificação baseada nos crité­rios de “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” e “péssimo”.

Os resultados refletem ex­clusivamente a opinião dos moradores em relação à quali­dade dos serviços públicos. São entrevistadas 600 pessoas em cada uma das dez maiores cida­des, totalizando seis mil opini­ões para elaboração do ranking. Santo André é a primeira colo­cada, com 796 pontos. Ribeirão Preto aparece logo em seguida, com 793 pontos.

São José dos Campos tem o terceiro melhor índice de satis­fação em coleta de lixo, com 785 pontos. Sorocaba e Campinas fecham o top 5 do segmento. Osasco, São Bernardo do Cam­po e Mauá estão entre as últimas cidades com pontuação superior a 700 pontos. Na nona coloca­ção aparece Guarulhos, com 694 pontos. Mesmo em último lugar no ranking geral, São Paulo con­seguiu 671 pontos e alto grau de satisfação.

A Indsat busca compreender a percepção dos moradores no que se refere à qualidade dos ser­viços públicos em 36 cidades do Estado de São Paulo. A Região Metropolitana de Campinas e a região de Piracicaba também fazem parte da cobertura. Tam­bém acompanha a movimen­tação política para as eleições municipais de 2020 em cada um dos municípios.

Ribeirão Preto
A coleta de lixo de Ribeirão Preto recebe índices acima de 700 pontos desde o início de 2018. Atualmente, a satisfação com o serviço prestado encon­tra-se estabilizada. Do total de entrevistados, 89% afirmam que a coleta está “ótima” ou “boa” e 9% responderam que está “re­gular”. A reprovação é de apenas 2%. Dos 16 serviços públicos analisados no município, a cole­ta possui a melhor avaliação por parte dos moradores.

Estre Ambiental
A empresa desistiu de con­tinuar com o serviço em Ribei­rão Preto por causa do valor. O edital de licitação previa inves­timento de R$ 82,5 milhões, ou R$ 7,4 milhões acima (9,8%) do último contrato assinado com a Estre Ambiental, de R$ 75,1 mi­lhões. A prestadora de serviço venceu o último certame por R$ 63,9 milhões, com desconto de R$ 11,2 milhões em relação ao anterior – quase 15% abaixo – e de R$ 18,6 milhões sobre o valor previsto em edital, 22,5% menor.

O contrato com a Estre Am­biental tinha duração de doze meses, ou seja, terminou em 30 de maio, mas poderia ser pror­rogado pelo mesmo período – até maio de 2020. Entretanto, a empresa decidiu não fazê-lo argumentando que o valor pago por tonelada de lixo recolhido não seria suficiente para cobrir os custos operacionais. Em Ri­beirão Preto, o valor pago por tonelada para a coleta e o trans­bordo é de R$ 171,22 para o lixo domiciliar e cerca de R$ 600 para os recicláveis.

A empresa já informou a administração municipal sobre a paralisação dos serviços. Po­rém, para evitar problemas para a população, decidiu continuar a coleta por mais 90 dias – até o começo de setembro, possibili­tando que a prefeitura contrate, via licitação, uma nova empre­sa para fazer o serviço. O edital listando os serviços contrata­dos estimava a coleta de 20.700 toneladas de resíduos sólidos domiciliares, comerciais e de fei­ras livres, a varrição manual de 36.500 quilômetros e a varrição mecanizada de 1.667 quilôme­tros, entre outros itens.

Ribeirão Preto produz, dia­riamente, cerca de 540 tone­ladas de lixo domiciliar – 800 gramas por cada um dos 694.534 moradores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE) – que são enviadas ao aterro do Centro de Geren­ciamento de Resíduos (CGR) de Guatapará. Três dos serviços prestados pela Estre Ambiental são novos: varrição mecânica de vias públicas (em complemento à manual), instalação de caçambas coletoras em locais inacessíveis aos caminhões de lixo e coleta de resíduos volumosos, conhe­cida como “cata-trecos”, e trans­porte, transbordo e destinação final dos resíduos coletados.

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