O Ministério do Trabalho divulgou nesta quarta-feira, 27 de dezembro, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ribeirão Preto terminou novembro com saldo positivo, assim como já havia ocorrido em outubro, quando a cidade era a terceira maior geradora de empregos formais no Estado de São Paulo – no mês passado caiu para o sexto lugar no ranking estadual. O balanço já traz os efeitos da reforma trabalhista, que começou a vigorar em 11 de novembro.
O resultado é pior que o de outubro, mas o saldo de onze meses indica que o município deve fechar 2017 no “azul”, a não ser que setores como o comércio e o de serviços promovam “demissões em massa” após o Natal. Além de registrar superávit de 455 vagas com carteira assinada, 147,3% acima das 184 de novembro do ano passado – 271 a mais –, Ribeirão Preto também elevou as contratações e demitiu menos do que no mesmo período de 2016. Mas o saldo caiu 39,8% em relação a outubro, quando os principais setores da economia geraram 756 postos de trabalho, 301 a mais. O resultado do ano também é positivo.
Segundo o Caged, Ribeirão Preto o superávit do mês passado, de 455 vagas, é resultado de 7.040 admissões e 6.585 demissões. Em novembro de 2016, os principais setores da economia local haviam contratado 6.913 pessoas e demitido 6.729, saldo de 184 postos de trabalho. Entre 1º de janeiro e 30 de novembro deste ano, foram gerados 80.516 empregos formais em Ribeirão Preto, contra 78.689 vagas extintas, saldo de 1.827.
São 3.585 contratações a mais em relação ao saldo negativo de 1.758 postos fechados em onze meses de 2016, quando a cidade admitiu 82.916 e demitiu 84.674 pessoas, alta superior a 200%. No entanto, nos últimos doze meses o resultado ainda é deficitário, com menos 312 vagas – em novembro do ano passado estava deficitário em 4.507.
Entretanto, Ribeirão Preto não está livre da crise. Apenas dois dos cinco principais setores da economia ribeirão-pretana fecharam novembro em alta. O comércio registrou saldo de 294 empregos com carteira assinada, fruto de 2.233 admissões e 1.939 demissões. O setor de serviços criou 3.826 vagas e extinguiu 3.382, superávit de 444 empregos formais. A indústria contratou 470 e dispensou 512 pessoas, saldo negativo de 42. A agropecuária admitiu 21 trabalhadores e demitiu 23, déficit de duas vagas. Já a construção civil contratou 461 operários e dispensou 678, déficit de 217 empregos.
No ano, o comércio contratou 23.389 pessoas e dispensou 23.142, superávit de 247 vagas. Em doze meses acumula saldo de 65 empregos, com 25.493 admissões e 25.428 demissões. O setor de serviços está no “azul” em onze meses de 2017, com 2.218 novos trabalhadores – 43.180 admissões e 40.962 demissões. Em doze meses, o saldo é de 1.091 carteiras assinadas, com 45.878 contratações e 44.787 dispensas.
A indústria assinou 6.158 novos contratos e 6.324 rescisões entre 1º de janeiro de 30 de novembro, déficit de 166. Em doze meses, acumula saldo negativo de 410 vagas, com 6.566 admissões e 6.976 demissões. A agropecuária soma 365 contratações e 285 dispensas no ano, com saldo de 80 carteiras assinadas, mas acumula déficit de 49 postos nos últimos doze meses, com 374 contratos acertados e 423 rescindidos. A construção civil fechou os onze meses deste ano com saldo negativo de 254 empregos extintos, fruto de 6.850 admissões e 7.104 demissões. Em doze meses, deve 693 postos de trabalho, com 7.256 vagas criadas e 7.949 fechadas.
Em 2016, o balanço anual do emprego formal fechou no “vermelho”, apesar de o resultado ter sido 59,46% melhor do que o de 2015, quando Ribeirão Preto fechou com resultado negativo de 6.323 vagas – os principais setores da economia local admitiram 98.572 trabalhadores e demitiram 104.895. No ano passado foram 2.463 pessoas empregadas a mais, com 88.485 contratações e 92.345 dispensas, déficit de 3.860.
Nacional – Mesmo com os primeiros contratos de trabalho firmados a partir da reforma trabalhista, o Brasil fechou 12.292 vagas de emprego formal em novembro, de acordo com o Caged. O saldo negativo de novembro interrompe a sequência de sete meses seguidos de geração de empregos formais e decorre de 1.111.798 admissões e de 1.124.090 demissões.
Salários – Os dados do Caged também mostraram que, em novembro, o salário médio de admissão no país foi de R$ 1.470,08, enquanto o de demissão foi de R$ 1.675,58. Em comparação aos do mês de outubro houve aumento de R$ 5,65 (0,39%) no de admissão e de R$ 0,31 (0,02%) no de demissão. No acumulado de doze meses, os ganhos reais foram de R$ 53,91 (3,81%) e R$ 44,48 (2,73%), respectivamente.