A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) confirmou mais seis mortes por covid-19 nesta segunda-feira, 8 de junho, uma das maiores incidências diárias desde o início da pandemia, em meados de março – repetiu os seis óbitos da última sexta-feira (5), e no sábado (6) mais dois foram anunciados. A cidade já soma 44 vítimas fatais em decorrência do novo coronavírus, além de 1.791 pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2.
A taxa de letalidade voltou a subir para 2,4%, inferior aos índices regional (3,6%), estadual (6,3%), nacional (5,2%) e mundial (5,9%). A mortalidade está em 5,8 para cada 100 mil habitantes. Segundo o Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde, foram oito mortes do final de semana. Na terça-feira da semana passada, dia 2, uma mulher de 95 anos, portadora de doença neurológica crônica, morreu em casa.
Na quarta-feira (3), uma mulher de 83 anos, portadora de doença cardiovascular crônica, morreu em casa. Na quinta-feira (4) foram mais dois óbitos, de uma mulher de 71 anos com doença neurológica crônica (também faleceu em sua residência) e de um homem de 60 anos, portador de doença pulmonar crônica, que estava internado em hospital público.
Na sexta-feira, dia 5, a Secretaria da Saúde constatou mais duas mortes, de uma mulher de 67 anos com doença cardiovascular crônica, que faleceu em hospital público, e de um senhor de 64 anos, portador de doença cardio-vascular crônica e doença neurológica crônica (também estava em instituição pública de saúde).
No sábado (6), um homem de 80 anos morreu em hospital público e a pasta investiga se ele tinha alguma comorbidade. O último óbito ocorreu no domingo (7), quando uma senhora de 88 anos faleceu em instituição pública. Ela tinha doença cardiovascular crônica.
Desde 29 de maio, já são 20 óbitos na metrópole, quase dois por dia. Desde 9 de maio, 36 pessoas morreram de covid-19 em Ribeirão Preto, quase cinco vezes acima dos oito falecimentos que ocorreram entre o final de março e abril. Por sexo, são 21 homens (47,7%), de 36 anos, 41, 49, 55, 57, 60, 64 (dois), 67 (dois), 68, 73 (três), 74, 76, 79, 80, 85 (dois) e 87 anos, e 23 mulheres (52,3%), de 51 anos, 57, 58, 64, 67, 70, 71 (três), 76, 80 (três), 83, 84, 85, 88 (duas), 89, 91, 94, 95 e 99 anos de idade.
Quarenta e uma tinham alguma comorbidade como doença cardiovascular, crônica, diabetes, pneumopatia, doença neurológica crônica, imunodeficiência e doença renal crônica (93,2%). O homem de 76 anos não tinha doença autoimune (2,3%) e dois casos estão sob investigação (4,5%). Sete pessoas tinham menos de 60 anos (15,9%) e 37 eram sexagenárias, septuagenárias, octogenárias ou nonagenárias (84,1%).
Por idade, os óbitos estão distribuídos entre 30 e 39 anos (uma morte, 2,3%), de 40 a 49 anos (dois óbitos, 4,6%), entre 50 e 59 anos (cinco, 11,3%), entre 60 e 69 anos (oito, 18,2%), de 70 a 79 anos (onze, 25%), de 80 a 89 anos (treze, 29,5%) e de 90 anos ou mais (quatro, 9,1%). Segundo o boletim, a divisão dos óbitos por fatores de risco indica que a maioria das vítimas tinha doença cardiovascular crônica (21 pacientes, 47,7%).
Também eram portadores de diabetes mellitus (15 pessoas, 34%), hipertensão arterial (dez, 22,7%), doença neurológica crônica (nove, 20,4%), doença pulmonar crônica (quatro, 9%), doença renal crônica (duas, 4,5%), doença hepática crônica (uma, 2,3%), obesidade grau 3 (uma, 2,3%), neoplasia (uma, 2,3%) e síndrome metabólica (uma, 2,3%). Dois dos 44 óbitos ainda estão em investigação. Os números superam os 100% porque a maioria das 44 vítimas tinha duas ou mais comorbidades.