Ribeirão Preto registrou mais seis mortes por covid-19, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Municipal da Saúde, e a cidade deve ultrapassar a marca de 2.080 falecimentos ainda este mês. Nesta sexta-feira, 21 de maio, o número de vítimas fatais em decorrência da doença subiu para 2.070, alta de 0,3% em relação às 2.064 computadas até quinta-feira (20).
São 330 óbitos em abril, onze a cada 24 horas, mas o boletim aponta 217 ocorrências oficiais. Ribeirão Preto fechou março com 392 mortes por covid-19, segundo o boletim. São doze falecimentos por dia, o mês com mais vítimas fatais da pandemia – ultrapassou julho do ano passado (244). Janeiro soma 172. Em maio já são 171, oito por dia, mas há apenas 37 registros oficiais.
São 209 casos em fevereiro. O recorde de falecimentos anunciados em um único boletim pertence a 6 de abril, de 32 óbitos. Antes era de 29 de março, quando foram divulgadas mais 28 vítimas fatais, mesma quantidade de 23 de abril. O do dia 18 de maio e o de 13 de abril, com 27, têm o terceiro maior volume.
O total de mortes por covid-19 em 2021 está perto de superar o registrado em nove meses do ano passado, de 1.043 óbitos, entre março e dezembro. Em menos de cinco meses de 2021 já são 1.027 vítimas fatais, ou 98,5% de todos os falecimentos ocorridos em 2020 na cidade por causa do coronavírus. Faltam 16 casos para a marca ser igualada.
O recorde de falecimentos em 24 horas é de 1º de abril, com 23 óbitos, contra 19 do dia 14. Antes da segunda onda de covid-19 era de 24 de julho de 2020, de 13. O número de mortes dobrou em quatro meses, uma velocidade 2,5 vezes mais rápida do que quando atingiu o primeiro milhar de vítimas.
De 26 de março de 2020, data do primeiro óbito, a 15 de janeiro deste ano, data da milésima morte, foram 297 dias. Para chegar a dois mil foram 122 dias. As ocorrências fatais do último boletim foram registradas entre 13 de maio e a última quinta-feira (20). As vítimas são quatro homens e duas mulheres com idade entre 39 e 83 anos.
Quatro pacientes estavam internados em hospitais públicos e dois morreram em instituições particulares. Todas essas pessoas sofriam de problemas de saúde, tinham comorbidades e eram portadoras de doenças graves. Duas estavam na faixa etária abaixo de 60 anos.
A tendência é de estabilidade na comparação semanal, com viés de baixa. Entre 7 e 13 de maio, ocorreram 68 falecimentos na cidade, cerca de um a cada duas horas e 28 minutos. Nos sete dias subsequentes, entre 14 e 20 de maio, foram confirmados mais 62 óbitos, um a cada duas horas e 42 minutos, recuo de 8,8% e seis casos a menos.
Se comparação considerar o período de 14 dias, a tendência ainda é de alta. Entre 23 de abril e 6 de maio foram 109 mortes, uma a cada três horas e cinco minutos. Entre 7 e 20 de maio a cidade registrou 130 óbitos, cerca de um a cada duas horas e 35 minutos, 21 a mais e aumento de 19,3% em relação ao período anterior. São 239 no total de 28 dias.
Os meses com menos falecimentos são março de 2020 (dois, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril do ano passado (onze). A taxa de letalidade da pandemia subiu para 2,7% – chegou a 4,9% em abril e a 5,3% em maio do ano passado. Neste ano, até agora, a taxa era de 2% em janeiro, 4,2% em fevereiro e 4,2% em março, 3,1% em abril e já está em 0,8% em maio.
A média neste ano subiu de 2,5% para 2,7% em março, em abril passou de 2,8% para 2,9% e agora em maio já está em 3%, acima dos índices regional (2,6%), mundial (2,1%) e nacional (2,8%) e abaixo do estadual (3,4%). A taxa de incidência de óbitos em 14 dias por 100 mil habitantes estava em 16,58 em 30 de abril, em 5 de maio, estava em 14,89, no dia 6 era de 14,05 e em 7 de maio recuou para 12,92. Em 1º de março apontava 5,62.
Por sexo, as vítimas da covid-19 são 1.143 homens (55,2%) e 927 mulheres (44,8%). A mais jovem em toda a pandemia é uma menina de seis anos que morreu em 14 de fevereiro (a menina de 7 anos que morreu em 18 de janeiro é a segunda) e a mais idosa, uma senhora de 102 anos que faleceu no dia 2 do mesmo mês deste ano.
O município de Ribeirão Preto superou a marca de 76,7 mil pacientes infectados pelo Sars-CoV-2 – são 76.710. O Boletim Epidemiológico do Departamento de Vigilância em Saúde contabiliza a data do início dos sintomas e do diagnóstico da doença.