Ribeirão Preto registrou mais 447 casos de coronavírus em 24 horas – cerca de um a cada três minutos e 14 minutos – e o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 deve superar a marca de 80 mil entre o final deste mês e meados de junho. Nesta terça-feira, 18 de maio, saltou para 75.712, aumento de 0,6% em relação aos 75.265 de segunda-feira (17).
A quantidade de pessoas infectadas representa 10,6% da população da cidade, de 711.825 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ribeirão Preto já tem 33.763 casos este ano, 44,6% de toda a pandemia e 80,5% do total de 2020, de 41.949.
O número de janeiro chegou a 8.619. Em fevereiro já são 4.953 pessoas infectadas. Março terminou com 9.365 casos (o número ainda pode mudar no decorrer de maio), 302 a cada 24 horas, 4.412 a mais do que no mês anterior, alta de 89,1%. É o maior volume da pandemia. Em abril são 7.058 casos, 235 por dia. Em 17 dias de maio já são 3.768. São 222 a cada 24 horas.
Março superou julho (8.627), junho (6.718), agosto (6.490), dezembro (6.364) e janeiro. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Boletim Epidemiológico com informações de sextas-feira (14) e sábado (15). O recorde de infecções em 24 horas é de 15 de julho, de 657 registros.
A tendência ainda é de alta na comparação semanal. Entre 4 e 10 de maio, quando passou de 72.101 para 73.478, mais 1.377 pacientes foram diagnosticados com covid-19, média móvel de 197 a cada 24 horas. Entre 11 e 17 de maio, saltou de 73.836 para 75.712. São 1.876 novos casos, 268 a cada 24 horas. O aumento chega a 36,2%. São 499 contágios a mais.
Se a comparação considerar o período de duas semanas, a tendência também é de elevação. O número de casos saltou de 68.134 para 71.842 entre 19 de abril e 3 de maio – 15 dias, os dados do dia 20 não foram divulgados por causa do feriado de Tirantes (21). São 3.708 novos contágios, média de 247 por dia.
Entre 4 e 17 de maio passou de 72.101 para 75.712, ou seja, mais 3.611 pessoas infectadas, 258 a cada 24 horas. Apesar de indicar retração de 2,6%, com 97 contágios a menos, o balanço tem por base 15 dias contra 14, por isso o confronto deve ser feito pela média móvel, de 247 contra 258, alta de 4,4%.
A taxa de casos por 100 mil habitantes em 14 dias era de 249,64 em 1º de março. Em 30 de abril estava em 364,13, em 5 de maio subiu para 373,97, no dia 6 era de 357,81 e em 7 de maio havia recuado para 337,58. As notificações desde o início da pandemia chegaram a 166.882, sendo que 87.766 pessoas testaram negativo para covid-19, ou 52,6% do total.
Os 75.712 casos confirmados até agora representam 45,4%. A cidade também aguarda o resultado de 3.404 exames que estão represados nos laboratórios (2%) – voltou a ficar acima de três mil. Os meses com menos casos são março (88, a pandemia começou em meados do mês na cidade) e abril (223) do ano passado. Ribeirão Preto também tem 2.035 mortes.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto estava em 39% na segunda-feira, depois de chegar a 49% no domingo (16). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%.
Ocupação de leitos
A ocupação de leitos de terapia intensiva em Ribeirão Preto estava em 91,7% às 19h30 desta terça-feira (18. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia pacientes internados em 286 das 312 vagas disponibilizadas pelos onze hospitais da cidade e os dois Polos Covid-19.
Na enfermaria, a taxa era de 84,1% no mesmo horário, com 322 dos 383 leitos ocupados.
No total, a cidade tinha 608 pacientes internados na noite de ontem.
Somando todos os hospitais públicos da cidade, a taxa de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era de 97,5% às 19h30 desta terça-feira, com pacientes internados em 156 dos 160 leitos disponíveis. Na enfermaria, a taxa era de 90,2% (184 pessoas e 204 vagas).