A Secretaria Municipal de Obras Públicas aguarda apenas a orientação jurídica para fechar e realizar a desocupação da casa noturna “Bar Ato”, localizada no cruzamento das avenidas Antônio Diederichsen e Presidente Vargas, no Jardim América, Zona Sul de Ribeirão Preto. O imóvel foi desapropriado pela prefeitura para a construção de um dispositivo viário e para o alargamento das vias que servirão para a implantação de corredores de ônibus do transporte coletivo.
A obra faz parte do Programa Ribeirão Mobilidade, que contempla 27 adequações viárias com o objetivo de oferecer maior qualidade de vida aos usuários do transporte coletivo urbano, garantindo menos tempo dentro do ônibus, com mais agilidade e fluidez no trânsito, redução dos pontos de congestionamento e criação de conexões diretas de um ponto a outro da cidade. Ao todo, serão 56 quilômetros de corredores de ônibus percorrendo as principais avenidas do município.
Também prevê pontes, túneis e viadutos que irão proporcionar maior conforto a 4.154.118 usuários do transporte público. O investimento total se aproxima de R$ 500 milhões, sendo R$ 310 milhões provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobilidade Urbana e do Saneamento, do governo federal, e o restante, cerca de R$ 190 milhões, do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e outras agências de crédito.
Na última quinta-feira, 24 de outubro, a prefeitura de Ribeirão Preto deu um prazo de 48 horas para que os proprietários fechassem o estabelecimento e retirassem todos os equipamentos do local para o início das obras. Pela desapropriação, a administração municipal pagou R$ 5,7 milhões. O decreto com a medida foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de 9 de fevereiro deste ano.
Apesar do prazo ter terminado na segunda-feira (28), os proprietários decidiram não fechar e nem desocupar o local. Continuam funcionando e agendando eventos normalmente. Nesta terça-feira (29), após realizar a vistoria e constatar que o estabelecimento não promoveu a desocupação, desobedecendo as ordens judiciais e administrativas, representantes da Secretaria Municipal de Obras Públicas informaram ao Tribuna que aguarda orientação do setor jurídico para tomar as providências necessárias.
O advogado Fábio Boleta, que representa os proprietários do bar, ingressou na Justiça solicitando o cronograma das obras para comprovar quando elas de fato começarão. A ideia é evitar que o “Bar Ato” fique fechado sem que as intervenções tenham início. “Enquanto estiver funcionando, o bar estará gerando empregos, renda e impostos. Por isso, desocupar o imóvel e não começar as obras não considera o aspecto social”, afirma. No pedido judicial ele solicitou 100 dias de adiamento no prazo para a desocupação.
Interdição
A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) reabriu o acesso à avenida Antônio Diederichsen no trecho situado ao lado da praça Hélio Smidt. Os motoristas já podem acessar o Viaduto Ayrton Senna e a avenida Costábile Romano.
Porém, em continuidade às obras do Programa Ribeirão Mobilidade no local, a avenida Nove de Julho, entre o Viaduto Ayrton Senna e a avenida Portugal, começou a receber os serviços de infraestrutura na tarde desta terça-feira (29). Os condutores que vem da Costábile Romano, sentido Centro, deverão utilizar uma das pistas da duplicação da Nove de Julho.
Por outro lado, condutores que utilizam a alça de acesso ao lado do viaduto, pela avenida Doutor Francisco Junqueira, deverão utilizar a rua Miguel Issa, entrar na Antônio Diederichsen e retornar pela rua Doutor Ari Mariano da Silva, virar à esquerda na Cândido Portinari e à esquerda novamente na avenida Portugal. A Transerp orienta o motorista a redobrar a atenção e reduzir a velocidade.