A Secretaria Municipal da Saúde anunciou na manhã desta terça-feira, 11 de maio, a suspensão temporária do agendamento para aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto) com comorbidades a partir de 18 anos.
A decisão segue orientação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que recomendou a suspensão imediata do uso da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica britânica (Oxford/AstraZeneca) para gestantes.
No Brasil, o imunizante está sendo produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A orientação está em Nota Técnica emitida pela agência Ed divulgada na manhã desta terça-feira. Segundo a Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto, o agendamento para este grupo teria início na manhã de ontem.
A orientação da Anvisa é que a indicação da bula da vacina AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI). A decisão é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas contra a covid-19 em uso no país.
“O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, ressalta a Anvisa.
A vacina vinha sendo usada em gestantes com comorbidades. A morte de uma paciente de 35 anos no Rio de Janeiro levou à suspensão. Agora, só podem ser aplicadas nas grávidas a Coronavac e a Pfizer. Esta etapa de imunização previa a imunização de gestantes e puérperas que deveriam comprovar por meio de atestado médico se tem alguma das 22 comorbidades listadas.