Tribuna Ribeirão
Cultura

RP abre tributo a Luigi Pirandello

A Sociedade Dante Alighieri e o Teatro Dante Alighieri pro­movem a partir desta sexta-feira, 9 de novembro, seu 1º Festival de Teatro – “Pirandello e um pouco mais”, que homenageará o grande autor italiano Luigi Pi­randello (1867-1936). O evento vai apresentar quatro peças do grande e consagrado autor ita­liano e uma do ítalo-brasileiro Celso Rodrigues.

Estarão em cartaz “A paten­te”, “O jarro”, “Assim é (se lhe pa­rece)” e “Belavida”, de Pirandello, e “Guido & Nicoletta”, de Celso Rodrigues, uma homenagem à dupla de humoristas Vitório e Marieta, que fez grande sucesso na década de 1960, quando ain­da não havia recursos midiáticos como os de hoje.

Os espetáculos de drama­turgia serão apresentados em três sextas-feiras de novembro – menos no dia 16 – e em duas de dezembro, na Sala dos Arcos do Centro Cultural Palace, na rua Álvares Cabral nº 322 (esquina com a Duque de Caxias), no Quarteirão Paulista, Centro His­tórico de Ribeirão Preto.

As apresentações terão início sempre às 19 horas. A entrada é franca e o acesso será liberado por ordem de chegada. A Sala dos Arcos do Centro Cultural Palace tem 120 lugares disponí­veis. O Teatro Dante Alighieri da Sociedade Dante Alighieri fica na rua São Sebastião nº 703, no Centro. Informações pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (16) 3013-9300.

Pirandello notabilizou-se por uma escrita pessimista em que a incomunicabilidade, o parado­xo e a contradição estão sem­pre presentes, e a verdade existe apenas como impossibilidade. Herdeiro do decadentismo de Charles Baudelaire (1821-1867) e Oscar Wilde (1854-1900), se alinhou à geração italiana de Ga­briele D’Annunzio (1863-1938), Giovanni Pascoli (1855-1912), Luigi Capuana (1839-1915) e Giovanni Verga (1840-1922).

Um crítico o definiu como “o poeta da tragédia contemporâ­nea”. Para o homem, vítima das convenções sociais e da casuali­dade – o único motor da vida – não há escapatória. A realidade é incompreensível. Luigi Pirandello nasceu em Agrigento, em 28 de ju­nho de 1867, e morreu em Roma, em 10 de dezembro de 1936.

O dramaturgo, poeta e ro­mancista siciliano tem 25 livros publicados. Foi um grande reno­vador do teatro, com profundo sentido de humor e grande origi­nalidade. Suas obras mais famosas são “Seis personagens à procura de um autor”, “Assim é (se lhe parece)”, “Cada um a seu modo” e os romances “O falecido Ma­tias Pascal”, “Um, nenhum e cem mil”, “Esta noite improvisa-se”, entre outros. Sua primeira peça de teatro foi “O torniquete”, escrita entre 1899 e 1900 e encenada pela primeira vez em 1910. Recebeu o Nobel de Literatura de 1934.

Celso Rodrigues é ator, diretor, produtor cultural, dramaturgo, encenador e professor teatral, ten­do diversas peças escritas e ence­nadas, adultas e infantis. Ele está na direção de todos os espetáculos que serão encenados no 1º Festival de Teatro Dante Alighieri.

“A patente” vai abrir o evento. No elenco estão Cael Camargo, Camila Ribeiro, Jana Munhoz, Lívia Carelli, Poli Martins e Suzi Elaine. Pirandello expõe nesta peça, que tem um caráter pessi­mista, seu jogo de máscaras, onde com um grotesco ato de rebelião ganha uma justiça falsa em uma verdadeira injustiça. “A patente” aborda o tema tipicamente piran­délico do contraste entre o que so­mos e o que pensam de nós.

Este tema surge através de uma história relacionada à igno­rância e superstição de uma so­ciedade culturalmente atrasada, na qual mesmo os juízes acredi­tam na ilusão e na doença. Dian­te dessa sociedade, que impõe ao indivíduo uma “máscara” odiosa e esmagadora, o homem não pode se rebelar, mas apenas aceitar seu próprio destino.

Sinopse
Rosário Chiàrchiaro é um ho­mem sem perspectivas e que per­de tudo o que tem na vida. Por ser considerado pé frio e agourento, ninguém o quer por perto. Atrai temores supersticiosos onde quer que passe, levando as pessoas a fazer os mais diversos sinais des­denhosos de esconjuro. Vendo-se sem saída para sustentar sua família, uma mulher paralítica e duas pobres filhas, Rosário re­solve, então, se valer da condição que lhe é imposta.

Resolve processar dois jovens influentes da cidade por terem feito sinais de esconjuro para ele. Mas quer perder a causa… Rosário Chiarchiaro, cansado da humanidade nojenta, agora quer vingar-se explorando a su­perstição popular, impondo um imposto que ninguém, quando de sua passagem se recusará a pagar. Mas para isso falta-lhe apenas uma coisa…

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