Nesta terça-feira, 30 de março, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou fevereiro com saldo de 1.646 novas vagas de emprego com carteira assinada, o oitavo superávit seguido desde julho.
O resultado de fevereiro, fruto de 9.291 admissões e 7.645 demissões, é 27,9% superior aos 1.287 do mesmo mês do ano passado, quando a economia ribeirão-pretana contratou 9.263 pessoas e dispensou 7.976. São 359 postos de trabalho a mais em 2021.
Na comparação com o saldo de 1.168 novos empregos com carteira assinada de janeiro deste ano (fruto de 8.905 contratações e 7.737 rescisões), a alta em fevereiro chega a 40,9%, com a criação de mais 478 novas vagas. O resultado também é o melhor para o mês desde 2014, quando o saldo foi de 2.371 vagas (12.784 admissões e 10.413 demissões, o resultado mais significativo em dez anos, desde 2012).
O pior dos últimos dez anos ocorreu em janeiro de 2015, quando a economia ribeirão-pretana registrou déficit de 118 postos de trabalho com carteira assinada, com 9.305 contratações e 9.423 rescisões. No primeiro bimestre deste ano, a cidade contabiliza superávit de 2.814 empregos formais (18.196 contratações e 15.382 demissões), contra 1.752 dos dois primeiros meses de 2020 (18.532 admissões e 16.780 demissões).
O aumento em 2021 chega a 60,6%, com a abertura de 1.062 vagas a mais. Nos últimos dez anos, o melhor resultado para o período dos dois primeiros meses ocorreu em 2014, com superávit de 3.081 empregos formais (24.343 admissões e 21.262 demissões). O pior desempenho é de 2015, com déficit de 62 postos de trabalho (19.037 contratações e 19.099 rescisões)
Ribeirão Preto também conseguiu reverter o saldo negativo da pandemia. Nos últimos doze meses, entre março de 2020 e fevereiro deste ano, período das restrições impostas pela quarentena, a cidade contratou 88.875 pessoas e demitiu 88.066, superávit de 809 vagas. O melhor resultado para o período em dez anos ocorreu em 2012, com saldo de 12.562 empregos (119.062 admissões e 106.500 demissões). O pior déficit é de 2016, de 5.732 carteiras assinadas a menos (94.652 contratações e 100.384 rescisões).
Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente. O Ministério da Economia alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês.
No ano passado, Ribeirão Preto também registrou superávit em janeiro (465), fevereiro (1.287), julho (399), agosto (857), setembro (1.525), outubro (2.109), novembro (2.968, o melhor resultado de 2020) e dezembro (432). Os déficits ocorreram em março (-1.726 vagas), abril (-5.489, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.716) e junho (-364).
Ribeirão Preto fechou o ano de 2020 com déficit de 253 vagas de emprego formal, resultado de 89.211 admissões e 89.464 demissões. Em comparação com 2019, quando a economia local registrou superávit de 3.260 carteiras assinadas (99.483 contratações e 96.223 rescisões), a queda chega a 107,7% e 3.513 postos a menos. O superávit de 2019 foi o quarto resultado mais expressivo do estado. Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917).
Salário
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada passou de R$ 1.774,57, em janeiro, para R$ 1.727,04 em fevereiro.
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto, as cinco principais atividades econômicas de Ribeirão Preto fecharam fevereiro com superávit de vagas de emprego formal: serviços, comércio, indústria, construção civil e agropecuária.
O comércio fechou fevereiro com saldo positivo de 272 postos de trabalho, fruto de 2.312 admissões e 2.040 demissões. No bimestre, contratou 4.600 e demitiu 4.488, superávit de 112. Nos últimos doze meses, o rombo foi de 212 vagas, fruto de 23.732 admissões e 23.944 demissões.
O setor de serviços registrou 5.149 contratações e 4.494 rescisões, superávit de 655 empregos formais. No bimestre, contratou 10.031 e demitiu 8.722, saldo positivo de 1.309. Em doze meses, foram 48.947 contratações e 49.709 rescisões, déficit de 762 empregos formais.
A indústria admitiu 912 trabalhadores e demitiu 570, com saldo positivo de 342 empregos formais. No bimestre, contratou 1.745 e demitiu 1.124, superávit de 621. Em doze meses, contratou 7.881 funcionários e rescindiu o contrato de 6.908, superávit de 973 vagas.
A construção civil fechou fevereiro com superávit de 360 carteiras assinadas, fruto de 887 admissões e 527 demissões. No bimestre, contratou 1.770 e demitiu 1.020, saldo positivo de 750. Em doze meses, o saldo positivo chega a 738, resultado de 7.991 contratações e 7.253 rescisões.
A agropecuária admitiu 31 funcionários, dispensou 14 e fechou o mês com saldo positivo de 17 postos abertos. No bimestre, contratou 50 e demitiu 28, superávit de 22. Em doze meses, contratou 324 pessoas e dispensou 252, saldo de 72 novos contratos.