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EMPREGO – RP abre 1.299 vagas em janeiro

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou nesta sexta-feira, 2 de março, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos (Caged) – as informações por setores da economia não estavam disponíveis na noite de ontem. Ribeirão Preto fechou janeiro com superávit de 1.299 vagas formais, muito acima do resultado do mesmo mês do ano passado – mais de 3,9 mil por cento –, de 32 postos, acréscimo de 1.267 carteiras assinadas.

Na comparação com dezem­bro, quando a cidade registrou déficit de 926 vagas, a alta foi de 240,3%, com 2.225 a mais. O re­sultado do mês passado é o me­lhor para o período dos últimos seis anos, fruto de 8.692 admis­sões e 7.393 demissões. Nos últi­mos doze meses, o saldo também é positivo, de 2.099 postos de trabalho – 88.152 contratações e 86.053 dispensas.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com saldo positivo de 915 novas vagas, o melhor resul­tado desde 2014, quando a cidade registrou superávit de 1.583 car­teiras assinadas – fruto de 127.654 demissões e 126.071 admissões. Em 2017, os principais setores da economia ribeirão-pretana conseguiram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados em 2016, com a geração de 4.775 novas vagas, alta de 123,7%.

A cidade terminou 2016 com 88.485 contratações e 92.345 dis­pensas. No ano passado foram 86.647 admissões e 85.723 demis­sões. Apesar de negativo, o saldo de 2016 ficou 59,46% acima do registrado em 2015, quando Ri­beirão Preto fechou com resulta­do negativo de 6.323 vagas – os principais setores da economia local admitiram 98.572 trabalha­dores e demitiram 104.895.

Nos últimos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado re­gistrado pela economia de Ri­beirão Preto ocorreu em 2010, quando os principais setores contrataram 109.136 pessoas e dispensaram 94.784, superávit de 14.352. Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empre­gos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864.

Uma ampla pesquisa reali­zada pelo Núcleo de Inteligên­cia da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo eco­nomista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos for­mais. De acordo com o estudo, a geração de postos de traba­lho com carteira assinada não acompanhou o crescimento da população economicamente ativa – pessoas com idade entre 20 e 64 anos.

A pesquisa considerou infor­mações do Ministério do Tra­balho, os dados do Caged e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), da Fundação Siste­ma Estadual de Análise de Dados (Seade), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da própria Acirp. Segundo a pes­quisa, entre 2007 e 2017 Ribei­rão Preto registrou superávit na abertura de vagas, com saldo de 65.911 postos.

No entanto, 71.128 pessoas ingressaram no mercado de tra­balho, gerando o déficit de 5.217 vagas. O estudo indica também que antes da crise econômica e da recessão (2007-2013) a gera­ção de empregos era mais intensa que o crescimento da população economicamente ativa.

Neste período, Ribeirão Preto registrou superávit de 73.596 vagas, para 49.752 novos trabalhadores, saldo de 23.844 postos de trabalho. Já na fase pós-recessão (2014-2017), o es­tudo registrou déficit de 7.685 empregos formais, enquanto 21.376 pessoas ingressaram no mercado de trabalho, gerando o saldo negativo de 29.061 va­gas com carteira assinada.

Nacional – O Brasil regis­trou a criação de 77.822 novas vagas com carteira assinada em janeiro de 2018. É a primeira vez que o ano começa com con­tratações desde 2014, e o resul­tado é o melhor para o período desde 2012, quando foram cria­das 118,9 mil vagas. O saldo de­corre de 1.284.498 admissões e de 1.206 676 demissões. O dado inclui os contratos firmados já sob as novas modalidades pre­vistas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial.

Salário médio – O salário médio de admissão no mercado de trabalho formal registrou au­mento real de 1,33% em janeiro de 2018 em relação a igual mês do ano passado. O avanço é ob­servado em todas as atividades, à exceção da administração pú­blica. Apesar do ganho acima da inflação nas contratações, o salário de admissão ficou abaixo da remuneração dos trabalha­dores que foram demitidos no primeiro mês de 2018. Na média do País, o salário de admissão foi de R$ 1.535,51 em janeiro des­te ano, o equivalente a 93,23% do salário de desligamento (R$ 1.636,41) no mesmo mês. Na prática, isso significa que quem é contratado está ganhando me­nos do que quem é demitido.

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