“A gente ficou feliz de saber que era ele (Fernando Lázaro, o novo técnico). Mas a gente ficaria feliz só de saber que o outro já tinha saído também, a gente já estava feliz com isso. Não precisa negar, não precisa mentir na frente das câmeras. O ambiente agora é maravilhoso, é resenha, antes não tinha”, disse Guedes, em entrevista ao podcast “Podpah”.
A relação de Róger Guedes com Vítor Pereira, atualmente no Flamengo, nunca foi um mar de rosas. O atacante entrou em rota de colisão com o treinador diversas vezes por causa de seu posicionamento em campo e por frequentemente ser escolhido para ser substituído. No podcast, o camisa 10 explicou a diferença entre o português e Lázaro.
“No começo do ano, o Fernando chegou em mim e falou: sei como é o seu temperamento, te entendo, sei que talvez você vai sair bravo de algum jogo. Não vou ficar p… com você porque entendo você. Tanto que nas vezes que saí bravo no ano passado ele concordou comigo”, revelou.
“Ano passado teve três ou quatro jogos seguidos que eu saí com 15 do segundo tempo. Você fala: “c… o que está acontecendo?” Fazendo gol ou não eu saía. Se eu jogo mal, beleza. E o jogador é o primeiro a saber quando está mal. Você vai sair e ficar quieto. E quando está bem e sai do jogo… Eu saí das duas finais da Copa do Brasil”, reclamou o atleta.
Róger Guedes vive bom momento no Corinthians sob o comando de Fernando Lázaro. O atacante é o artilheiro do time na temporada, com oito gols em 11 jogos – uma média de 0,72 gol por partida. Em 2022, com Vítor Pereira, o jogador marcou 15 vezes em 66 jogos – média de 0,22.
TROTE NO PALMEIRAS E VAIAS NO SANTOS
Além de falar sobre o Corinthians, Róger Guedes aproveitou o espaço também para falar sobre os rivais. O atacante relembrou o trote recebido por ele quando ainda era jogador do Palmeiras, em 2017. Na ocasião, jogadores do elenco alviverde foram atrás dele durante um treinamento, dando tapas e empurrões, amarrando Guedes no chão e jogando ovos e farinha em sua cabeça.
“Os jogadores no vestiário falaram que tinha que ter passado no corredorzinho. Eu quis ser rebeldezinho e aconteceu tudo aquilo. Eles queriam quebrar ovo, farinha… Acabei acertando cotovelada em alguns, foi quando eles apelaram. Bateram forte. Depois eu queria matar todo mundo no vestiário”, contou. “Os que bateram eu sei até hoje, quero que se f…, mas não sou rancoroso.”
Róger Guedes também condenou as vaias da torcida santista ao time, que vem atravessando momento conturbado na temporada. No final de semana, o Corinthians por pouco não saiu com a vitória sobre o rival na Vila Belmiro, mas os donos da casa conseguiram empatar nos minutos finais, sacramentando o resultado em 2 a 2 – o camisa 10 marcou um gol para os visitantes – e evitando o agravamento da crise.
“Ontem (domingo) a gente conversou isso na Vila. A gente falou: ‘Mano, se a gente fizer um gol aqui, a torcida vai contra’. A gente virou, na hora que fiz meu gol lá, a torcida inteira começou a vaiar os caras. É diferente, eu acho que isso é muito feio e não deveria ter por respeito ao atleta e porque não vai estar ajudando o seu time”, afirmou.
“Torcedor está no estádio, vaiando o jogador, pega na bola, vaia Vai ajudar no que? O cara vai virar o jogo? O cara vai errar no passe. Perninha vai dar aquela tremida. Ninguém gosta, acho que é desnecessário… Acho que a cobrança cabe no final do jogo. É que nem o Santos, (a torcida) estava vaiando os caras, os caras fizeram um gol no final e a cara de c* que o torcedor fica? Estavam vaiando e os caras empataram o jogo.”