O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ligou nesta quinta-feira para o ministro da Economia, Paulo Guedes, para enviar um recado ao presidente Jair Bolsonaro: a possível queda do ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, pode atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência. Maia argumentou que, ao exonerar Bebianno, principal aliado durante a campanha, o presidente indicaria que não honrará compromissos com o Congresso.
A interlocutores, o presidente da Câmara avaliou que depois de entregar a aprovação da reforma da Previdência, Bolsonaro não hesitará em sufocá-lo politicamente, caso também entre em rota de colisão com os filhos.
Embora publicamente Maia tenha afirmado que não “se intrometerá em conflitos de parentes do presidente”, ele argumentou com Guedes que tem bom relacionamento com Bebianno, elogiado por ele após ser reeleito para a Presidência da Câmara. O ministro, embora comandando uma pasta esvaziada, se aproximou do parlamentar e passou a ser visto como uma alternativa ao chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, cuja relação com Maia está estremecida desde que atuou nos bastidores para impedir a reeleição dele à presidência da Câmara.