No mês marcado pelo Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, a Socicam – empresa responsável pela gestão do Terminal Rodoviário – abraça a causa e em parceria com a Organização de Procura de Órgãos de Ribeiro Preto, entidade ligada ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMRP/USP), participa da campanha de incentivo à doação e transplante de órgãos.
Para celebrar o “Setembro Verde”, que enaltece a importância da doação de órgãos e a realização de transplantes, quem passar pelo empreendimento durante este mês poderá conferir um monumento instagramável no saguão de entrada do terminal e uma homenagem aos médicos Agenor Spallini Ferraz e Jeová Nina Rocha. Ambos fizeram história na doação de órgãos e levaram esperança para quem tanto precisava.
No mesmo período, a Organização de Procura de Órgãos de Ribeiro Preto promete ações dirigidas à população de Ribeirão Preto e região, levando o tema para conscientização e debate público. A Socicam apoia a causa e tem o objetivo de auxiliar a promover a participação ativa e consciente da sociedade para compartilhar a vida com as pessoas que se encontram na fila por um órgão.
Entre março e dezembro de 2020 foram realizados, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), 13.042 transplantes em todo o Brasil, contra 23.360 procedimentos efetuados em 2019. Os dados do Ministério da Saúde indicam queda de 10.318 no período, em função da pandemia do novo coronavírus. A pasta informa ainda que de 2019 a julho de 2021 foram realizados 55.760 transplantes no Brasil.
A lista de espera na fila do transplante de múltiplos órgãos alcança 46.738 pessoas, sendo 26.670 para transplante de rim. O Setembro Verde chama a atenção para a redução dos transplantes e do número de doadores, em função da covid-19.
Somente na primeira onda da doença, o número de transplantes realizados em todo o mundo caiu 31%, de acordo com pesquisa publicada no jornal científico The Lancet Public Health. O estudo considera dados de 22 países, espalhados por quatro continentes, e indica que 11.253 cirurgias desse tipo deixaram de ser efetuadas no ano passado, o que significa uma redução de 16% ao longo de doze meses.
O Brasil acompanhou esse cenário. Com o agravamento da pandemia, no primeiro semestre de 2021 em relação aos primeiros seis meses de 2020, a taxa de doadores efetivos caiu 13%, enquanto os transplantes sofreram retração de 24,9%. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o principal motivo desse declínio foi o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em parte pelo risco de transmissão da covid-19.