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Roberto Carlos oitentão

Dia 19 de abril. Pra quem é fã de Roberto Carlos, como eu e muitos amigos, tornou-se uma data pra se comemorar. Roberto Carlos chega aos 80 amado pelo Brasil e diversos países mundo afora. Minha geração e eu, que já estou com 73, somos gratos a ele por despertar na gente o desejo de cantar e tocar violão.

Eu via fotos do Roberto Carlos com seu pinho cantando para fãs, ficava só imaginando em fazer o mesmo, já estudava violão clássico, mas eis que surgem de uma vez Beatles, Roberto, Eras­mo Carlos e Cia. incendiando a juventude. o Brasil cantava com eles “Parei na contra mão” e “Splish Splash”.

Parei com a música clássica, comprei minha primeira guitar­ra, juntei-me a amigos da Vila Tibério e formamos o conjunto Os Tropicais, que depois virou The Jetsons. E a vida seguiu…

Quando criaram a Jovem Guarda, meus domingos passaram a ser uma grande festa. Às cinco da tarde, o Brasil parava nessa hora, tudo que víamos ali parecia ser uma grande família cantan­do. Com o final do programa, todos já famosos, cada qual seguiu seu caminho.

Roberto Carlos lançava um LP por ano, era sempre em de­zembro e tornou-se um acontecimento. Radialistas disputavam pra tocar primeiro, mas o esquema montado pela equipe do Rei era perfeito, assim o lançamento era simultâneo no Brasil inteiro.

Como disse Cazuza em uma de suas músicas, “O tempo não para”. Convivo hoje com amigos que sempre foram fãs de Rober­to. Cito aqui Paulo Arruda, Carlos Calixto e Chaim Zaer. Chaim comanda seu programa “Mentoria” pela nossa TV Thathi e na segunda-feira 19 de abril, convocou Paulo, Calixto e eu para um programa especial sobre Roberto Carlos.

Pra minha surpresa, um convidado especial, Roberto Carlos II, nosso amado Dudu. Digo amado porque não tem como não amar um ser humano como ele. Dudu traz a alegria no rosto, seu sorriso quase que permanente contagia e ilumina a todos que o rodeia, a forma com que fala do pai, da esposa, da vovó Laura e de sua filhi­nha que ganhou o nome da vovó, conquista até o mais duro coração.

Chaim, antes de abrir o programa, nos disse que logo cedo queria ligar para Roberto Carlos, de quem hoje é super amigo, para lhe dar parabéns, mas eis que seu telefone toca e era Ro­berto. Disse que só ligaria pra três pessoas, ele, Erasmo e Dudu. Chaim não cabia em si de tanta honra.

O programa foi de uma leveza sem tamanho, teve também a participação de Sérgio Reis, Vanderléia, Eduardo Araújo, Martinha, fãs e até de um de Petrolina (PE) que nos apresentou seu filho cantando – e muito bem – “Como é grande o meu amor por você”. Ele possui, no centro da cidade, uma casa cultural em homenagem ao Rei batizada “Emoções”, onde coleciona coisas que nem Roberto sabia que existia. Vendo tudo aquilo senti mui­ta vontade de conhecer Petrolina.

O programa foi descontraído, com todos contando causos. Estar ali com amigos que sabem coisas de Roberto foi muito prazeroso. Eu cantei “Olha”, que acho uma jóia. Paulo Arruda cantou “As flores do jardim da nossa casa”. Dudu pegou o gancho e contou que essa música foi composta pelo paizão na Holanda, disse que um jardim com flores lindas cercavam o hospital onde ele estava sendo operado.

Dizer qual música do Roberto acho mais bonita, responder é difícil, pois são tantas. “Detalhes”, por exemplo, eu e minha esposa adotamos como nossa, pois estávamos namorando, faz mais de 50 anos. “Rotina”, outra que me marcou muito, meus filhos eram pequenos. Agradeço ao Chaim por tudo, aos amigos, ao Dudu e ao paizão. Como ele diz, desejo “Vida longa ao Rei”.

Sexta conto mais.

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