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Ribeirão volta às urnas para eleger presidente e governador

Uma das principais dúvidas da votação na cidade é em relação a abstenção que no primeiro turno atingiu 23,84% – e fez com que 105.650 eleitores não saíssem de casa para votar

Hoje, 28 de outubro, o eleitor ribeirão-pretano volta às urnas para escolher quem ele deseja que governe o país e o estado de São Paulo pelos próximos quatro anos. No total, a cidade tem 495.762 títulos cadastrados, mas 10,6% estão em situação irregular ou suspensos por lei. São mais de 50 mil ribeirão-pretanos fora das urnas. Resultado: em Ribeirão Preto, estão aptos a participar do pleito 443.222 pessoas, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No primeiro turno em Ribeirão Preto Jair Bolsonaro (PSL) teve 177.963 votos, ou seja – 58,32%. Já Fernando Haddad (PT) ficou com 33.410 – 10,96%. Para o governo paulista João Doria (PSDB) obteve 99.663 votos o que equivalem a 38,13% e Márcio França (PSB) 53.513 votos e um percentual de 20,47%.

Com uma abstenção de 23,84% no primeiro turno, a grande interrogação nas eleições deste domingo na cidade é se os eleitores que não compareceram as urnas em 7 de outubro irão fazê-lo agora. Naquela votação 105.650 dos 443.222 eleitores de Ribeirão Preto aptos a votar não saíram de casa. A média de votos brancos e nulos ficou em 35% – houve uma diferença entre os cargos (presidente, governador, senadores, deputados) porque a pessoa podia escolher um nome para a Presidência da República e votar em branco para deputado, por exemplo.

Entretanto, o nível de abstenção em 7 de outubro não foi o mais alto já registrado na cidade. Nas eleições municipais de 2016, em meio aos escândalos da Operação Sevandija, que resultou no afastamento de nove vereadores e de ex-secretários municipais da época – a então prefeita Dárcy Vera (sem partido) só foi afastada depois do pleito –, o índice chegou a 27,62% no segundo turno, o maior em quatro décadas. Com mais de um quarto de ausentes em rela­ção ao total, foi o município que teve a maior proporção de eleitores que deixaram de ir às urnas para a escolha do chefe do Executivo.

Biometria – de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem 694.534 habitantes. Dos 443.222 eleitores de Ribeirão Preto, 118.857 (26,8%) já estão cadastrados no sis­tema biométrico. Segundo dados do Cadastro Eleitoral, a maior parte do eleitorado ribeirão-pretano pertence ao gênero feminino. Ao todo, são 238.364 eleitoras, o que representa 53,78% do total. Já o gênero masculino reúne 204.648 cidadãos, ou 46,17% do eleitorado. Outras 210 pessoas não informaram o gênero (0,05%).

Bolsonaro versus Haddad

 

Jair Bolsonaro – candidato que canalizou o antipetismo e a repulsa pelos escândalos de corrupção desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016, Bolsonaro foi responsável pelo esvaziamento da candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano teve apenas 4,8% dos votos – o pior resultado de um candidato tucano ao Planalto.

Pertencente ao baixo clero, o candidato do nanico PSL, que tem atualmente apenas oito das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados, Bolsonaro possui 27 anos de vida parlamentar e aprovou apenas dois projetos no período. Capitão do Exército reformado, seu desempenho nas eleições do primeiro turno contribuiu para que o PSL elegesse 52 parlamentares e se transformasse na segunda maior bancada no Congresso Nacional na próxima legislatura.

Durante a campanha, Bolsonaro sofreu um ataque em Juiz de Fora (MG). Em 6 de setembro, foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, por “inconformismo político”, segundo a Polícia Federal. O atentado não refletiu, num primeiro momento, em alta nas pesquisas de intenção de voto, mas tirou o candidato das ruas e dos debates (se é que ele iria) na TV. Ele também foi beneficiado com tempo espontâneo na televisão pela cobertura do caso.

Fernando Haddad – Professor da USP, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad assumiu a cabeça de chapa do PT apenas em 11 de setembro, dez dias depois de a candidatura de Lula ter sido barrada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na Lei da Ficha Limpa. O ex-presidente está preso em Curitiba, condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. Sua defesa diz que ele foi condenado sem provas e é perseguido por setores da Justiça. Ele recorre da condenação.

O PT – que com o resultado do primeiro turno se tornou a maior bancada do Congresso – elegeu 56 deputados. A disputa de poder será acirrada.

 

SP tem segundo turno depois de 16 anos

 

Depois de 16 anos, a eleição para o governo de São Paulo foi para o segundo turno, a última vez foi em 2002, entre José Serra (PSDB) e Aloizio Mercadante (PT). Neste segundo turno os candidatos ao governo paulista, João Dória (PSB) e Márcio França (PSB) protagonizaram uma campanha agressiva em que as propostas de governo, ficaram, na maioria das vezes, relegadas ao segundo plano.

João Dória Doria afirmou durante a campanha que seu adversário Márcio França representa a esquerda e o PT. “Sou o João Doria que venceu o PT em São Paulo. A esquerda do Márcio França será derrotada pelos mesmos brasileiros que derrotaram Lula “, dizia em seus programas no horário eleitoral gratuito.

Já o atual governador e candidato a reeleição, Márcio França, apostou na desconstrução de seu adversário garantindo que ele traiu a principal liderança de seu partido, o ex-governador e candidato a presidente da República derrotado no primeiro turno, Geraldo Alckmin. Também apostou em “colar” em João Dória a imagem de político sem palavra que não cumpre o que promete. Neste caso, referindo-se ao fato de Dória ter sido eleito prefeito de São Paulo e deixado o cargo para ser candidato ao Governo, mesmo tendo prometido que não faria isso, quando de sua eleição.

Na região, mas de 1,15 milhão voltam as urnas

O eleitorado da Região Metropolitana de Ribeirão Preto (RMRP), que envolve 34 cidades, cresceu menos de 1% entre o pleito municipal de 2016 e 30 de junho deste ano, segundo o balanço final divulgado no início de agosto.A quantidade de pessoas aptas a votar passou de 1.149.070 em outubro de 2016 para 1.151.257 em junho deste ano, acréscimo de 2.187 e alta de apenas 0,19%. No país, segundo o Tribunal Superior eleitoral – 147.302.354 brasileiros vão votar para presidente da República. Treze estados brasileiros já elegeram seus governadores em primeiro turno. Outros treze estados e o Distrito Federal escolhem seus governantes hoje.

Eleitorado da Região Metropolitana

Altinópolis – 11.237
Barrinha –
23.051

Batatais – 43.555
Brodowski – 16.177
Cajuru – 19.171

Cássia dos Coqueiros – 2.901
Cravinhos – 26.203
Dumont – 6.851
Guariba – 28.771
Guatapará – 5.493
Jaboticabal – 53.550
Jardinópolis – 28.321
Luis Antônio– 9.583
Mococa – 53.411
Monte Alto– 37.137
Morro Agudo – 20.749
Nuporanga- 5.822
Orlândia – 30.871
Pitangueiras – 26.525
Pontal – 27.653

Pradópolis – 13.254
Ribeirão Preto – 443.223
Sales Oliveira– 8.096

Santa Cruz da Esperança 2.116
Santa Rita do Passa Quatro– 19.142
Santa Rosa de Viterbo– 19.632
Santo Antônio da Alegria– 5.053
São Simão– 12.228
Serra Azul– 7.209

Serrana – 32.818
Sertãozinho – 89.484
Taiuva – 4.672
Tambaú
– 15.007
Taquaral – 2.291

 

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