Tribuna Ribeirão
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Ribeirão Preto precisa de um Instituto Federal…  

… e não de escolas cívico-militares

Ricardo Jimenez *
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A comparação entre as propostas educacionais dos institutos federais e as escolas cívico-militares revela diferenças fundamentais no que diz respeito à visão de educação, qualidade do ensino, valorização dos profissionais da área e participação democrática na gestão das instituições.

As escolas cívico-militares surgiram como uma resposta do governo Bolsonaro ao seu eleitorado conservador, implementando um modelo de ensino baseado em princípios autoritários e ideologizados. Essas escolas representam um retrocesso nas carreiras docentes, com perda de direitos e estrutura de trabalho. Além disso, mantêm um programa neoliberal de Estado mínimo na educação, restringindo a gestão democrática prevista na Constituição.

O modelo cívico-militar mantém a proposta privatista da educação enquanto que os institutos federais reforçam um modelo educacional inclusivo, democrático e de valorização de seus servidores.

Os institutos federais, criados por Lula em 2009, valorizam a formação integral dos estudantes por meio de um ensino propedêutico de alta qualidade aliado à formação técnica e profissional. Oferecem estrutura moderna com laboratórios bem equipados, núcleo sócio-pedagógico, educação em tempo integral com alimentação gratuita e valorização salarial e tempo para preparo das aulas para docentes. A gestão democrática é uma realidade nesses institutos, com participação ativa dos professores e alunos na escolha da equipe gestora.

Os institutos federais apresentam resultados educacionais semelhantes às melhores escolas de países desenvolvidos, com um ambiente pedagógico de liberdade e colaboração. Isso evidencia a eficácia do modelo adotado por essas instituições em contraste com a visão restrita das escolas cívico-militares.

O modelo cívico-militar aprofunda um processo isolamento das escolas com relação à comunidade ao redor, com muros altos, grades e cadeados. Já os Institutos Federais têm como proposta as portes abertas à comunidade através do tripé ensino- pesquisa-extensão.

Diante dessa análise comparativa, fica evidente que o modelo adotado pelos Institutos Federais representa uma abordagem mais eficaz para garantir a formação integral dos estudantes aliada à valorização dos profissionais da educação. Portanto, que venham muitos Institutos Federais espalhados por todo o país, incluindo o de Ribeirão.  

 

Educação pública no Brasil tem nome: Instituo Federal.

* Professor do IFSP, Coordenador da Frente de Luta por um IF em Ribeirão, Jornalista e Editor do Blog O Calçadão 

 

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