Depois do “tsunami” causado pela greve dos caminhoneiros autônomos, que durante dez dias de maio provocou desabastecimento e alta generalizada dos combustíveis, os preços dos combustíveis vendidos nos mais de 200 postos de Ribeirão Preto, apesar de elevados, começam a voltar ao patamar de antes da paralisação.
Nesta sexta-feira, 13 de julho, alguns postos bandeirados já vendiam o litro da gasolina, em média, por R$ 4,40 (R$ 4,397), queda de 2,22% e desconto de R$ 0,10 em relação aos R$ 4,50 (R$ 4,497) da semana anterior. No entanto, há locais onde o derivado de petróleo custa até R$ 4,70 (R$ 4,698) – o valor médio ainda é de R$ 4,50 (R$ 4,499).
Nos sem-bandeira, o valor caiu 4,76%, de R$ 4,20 (R$ 4,199) para R$ 4 (R$ 3,999) em alguns revendedores – ontem havia fila para abastecer nestes locais –, abatimento de R$ 0,20, mas alguns comerciantes negociam o litro por R$ 4,02 (R$ 4,019), em outros custa R$ 4,06 (R$ 4,059). A variação entre o maior preço (franqueados) e o menor (independentes) chega a 17,5%, diferença de R$ 0,70. Para encher um tanque de 50 litros o consumidor vai pagar entre R$ 200 e R$ 235.
A Petrobras anuncia que o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias, que entra em vigor neste sábado (14), será de R$ 1,9970, indicando queda de 1,75% ante o atual valor de R$ 2,0326. O preço do diesel, por sua vez, segue inalterado desde o dia 1º de junho em R$ 2,0316. A redução do preço do combustível foi uma das reivindicações dos caminhoneiros na greve feita no fim de maio.
O preço do etanol também está mais perto do praticado no período pré-greve. Apesar de alguns postos bandeirados de Ribeirão Preto venderem o litro do produto a R$ 2,60 (R$ 2,598), a média nos franqueados agora é de R$ 2,40 (R$ 2,399), queda de 4% e desconto de R$ 0,10 em relação aos R$ 2,50 (R$ 2,499) da semana passada. Ainda há locais onde o derivado da cana-de-açúcar custa entre R$ 2,50 (R$ 2,497) e na Zona Sul chega a R$ 2,70 (R$ 2,699).
Nos sem-bandeira, a média é de R$ 2,20 (R$ 2,199), redução de 8,33% e desconto de R$ 0,20 em comparação aos R$ 2,40 (R$ 2,399) praticados anteriormente. Em alguns locais o combustível é vendido a R4 2,16 (R$ 2,159) – os mesmos postos que vendem a gasolina a R$ 4. No entanto, outros revendedores comercializam o litro por R$ 2,30 (R$ 2,299). A variação entre o maior preço (franqueados) e o menor (independentes) chega a 25%, diferença de R$ 0,54. Para abastecer um tanque de 50 litros, o consumidor terá que desembolsar entre R$ 108 e R$ 135.
Segundo o Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP), – entre os dias 29 de junho e 6 de julho, o valor do litro do hidratado despencou 2,22% nas unidades produtoras, de R$ 1,5070 para R$ 1,4736. Nesta semana, entre os dias 6 e 13, caiu mais 0,57%, de R$ 1,4736 para R$ 1,4652. Já o litro do álcool anidro – adicionado à gasolina em 25% –, que havia recuado 4,59%, de R$ 1,7484 para R$ 1,6681, agora baixou 0,13%, de R$ 1,6681 para R$ 1,6660.
Considerando os valores médios de R$ 2,40 para o etanol e R$ 4,40 para gasolina nos bandeirados e de R$ 2,20 e R$ 4,06 nos sem-bandeira, respectivamente, ainda é mais vantajoso abastecer com álcool, já que a paridade está entre 54,5% e 54,1% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana quando a relação chega a 70%.
Os postos da cidade já oferecem o litro do diesel com o desconto de R$ 0,46 determinado pelo governo federal. Nos sem-bandeira custa em média R$ 3,21 (R$ 3,209), e nos bandeirados “sai” por R$ 3,44 (R$ 3,497). Para encher um tanque de 100 litros o caminhoneiro vai pagar entre R$ 320 e R$ 344. No entanto, há revendedores independentes que negociam o produto por R$ 3,18 (R$ 3,179).
Segundo a mais recente pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada em 108 cidades paulistas entre 1º e 7 de julho, o preço médio da gasolina na cidade é de R$ 4,342, cerca de 1,2% abaixo dos R$ 4,394 do período anterior (de 24 a 30 de junho), desconto de R$ 0,052. O litro do etanol também está mais barato, segundo a ANP: caiu 1,9%, de R$ 2,547 para R$ 2,499, abatimento de R$ 0,048. O litro do diesel baixou 0,5%, de R$ 3,258 para R$ 3,242, corte de R$ 0,016.