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Economia

Ribeirão Preto – Inadimplência em RP supera R$ 1 bi

© Marcello Casal JrAgência Brasil

Ribeirão Preto fechou o ano passado com 258.720 ina­dimplentes, alta de 3,6% em comparação com os 249.819 de dezembro de 2020, quando a pandemia de coronavírus dava sinais de arrefecimento – voltou a preocupar em 2022 por causa do avanço da variante Ômicron. São 8.901 devedores a mais do que no período anterior, aponta a Serasa Experian.

Porém, em relação às 262.239 pessoas que não con­seguiram pagar suas contas no último mês de 2019, a queda chega a 1,3%. São 3.519 ina­dimplentes a menos. O nú­mero de dezembro de 2021 também é 0,4% inferior aos 259.683 devedores de novem­bro, 963 a menos.

A queda entre os meses de novembro e dezembro ocor­re, geralmente, por causa da liberação do décimo tercei­ro salário. No ano passado, a previsão era de injeção de R$ 652.574.613,58 líquidos na eco­nomia ribeirão-pretana. Foram beneficiados 230.967 trabalha­dores com carteira assinada.

O levantamento foi feito pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (Iemb), da Associação Co­mercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e De­sempregados (Caged) do Mi­nistério do Trabalho.

O valor é a soma das folhas de pagamentos dos cinco prin­cipais setores da economia ri­beirão-pretana: comércio, servi­ços, indústria, construção civil e agropecuária. Segundo a Serasa Experian, em dezembro, cada inadimplente de Ribeirão Preto devia, em média, R$ 5.340,61 – média de R$ 1.212 por dívida.

A consultoria aponta 1.140.359 dívidas na cidade em dezembro de 2021, ante 1.160.226 de novembro, baixa de 1,7% e 19.867 “papagaios” a menos. Com base nestes va­lores, a Serasa Experian estima que a inadimplência na cida­de fechou o ano passado em R$ 1.381.723.159, contra R$ 1.433.006.484,91 de novembro (R$ 5.518,29 por devedor), que­da de 3,6% e R$ 51.283.325,91 a menos em 2021.

O número de inadimplentes em dezembro indica que 35,9% da população de Ribeirão Pre­to, estimada em 720.116 ha­bitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es­tatística (IBGE) – dados até 31 de julho e divulgados em agos­to –, tinha alguma conta em atraso no final do ano passado.

O Estado de São Paulo fe­chou 2021 com 14.987.402 inadimplentes, 1% acima dos 14.834.373 de dezembro de 2020. São 153.029 devedores a mais. Em relação aos 15.130.141 de novembro, a queda chega a 0,9%. São 142.739 a menos.

O valor da inadimplência fechou o ano passado em R$ 69.281.048.502,78. Cada paulis­ta devia, em média, R$ 4.622,62 no final do ano (média de R$ 1.262 por dívida). O montan­te é 3,3% menor em relação aos R$ 71.654.529.352,76 de novembro, R$ 2.373.480.850 a menos. O número de dívidas ficou em 54.917.517, abaixo das 55.778.457 de novembro, recuo de 1,5% e 860.940 a menos.

Negativação
O Indicador de Recuperação de Dívidas da Serasa Experian revela que, em outubro de 2021, cerca de cinco em cada dez dí­vidas de consumidores inadim­plentes (49,8%) foram quitadas em até 60 dias após a negativa­ção. Esse número equivale a 12,7 milhões de dívidas recuperadas no período analisado.

Observando os dados por segmento, as dívidas contraí­das em Bancos e Cartões pos­suem a maior efetividade de recuperação, marcando 62%, que equivale a 5,9 milhões de débitos pagos. Em sequência estão aquelas obtidas no setor de Utilities (60,1%), que regis­trou 3,5 milhões de contas res­sarcidas, e Varejo (41,4%), com 1,2 milhões.

Depois aparecem dívidas com Financeiras (40,7%), Servi­ços (24,9%), Outros (21,5%), Te­lefonia (12,7%) e Securitizado­ras (4%). “As dívidas contraídas em Bancos e Cartões e Utilities têm prioridade para o paga­mento, pois as pessoas precisam estar em dia com esse compro­misso financeiro para continuar tomando crédito no mercado e garantir serviços básicos essen­ciais”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

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