Em abril do ano passado, um evento no Centro Cultural Palace reuniu historiadores da cidade e convidados para abordar a Primeira Guerra Mundial e como ela interferiu em Ribeirão Preto. Posteriormente, o escritor, historiador, professor e editor Max Wagner, um dos idealizadores do projeto, colocou o evento e vinte anos de pesquisas sobre o tema em um livro: Ribeirão Preto e a Primeira Guerra Mundial.
Passados doze meses, Wagner tem outra meta: lançar a segunda edição do livro e um documentário em vídeo. A data já está marcada e será em 24 de maio no mesmo Palace.
“O evento reuniu algumas das pessoas com maiores conhecimentos históricos da cidade e geral. Foi muito importante fazer um balanço de como tudo interferiu na nossa cidade. Nossa expectativa é que no próximo mês a gente possa repetir esse sucesso”, disse o agente cultural Paulo Aluno, um dos organizadores do primeiro encontro e que está à frente do segundo.
Max Wagner diz que o evento foi o mais longo em se tratando de abordagem histórica na cidade. “Foram dez dias. Tivemos filmes, palestras e abordagens culturais sobre o tema”, explica. “Fizemos porque ano passado foi o centenário do fim da Primeira Guerra” acrescenta.
O escritor salienta que pouco se produziu sobre a primeira guerra. “Temos muito sobre a Segunda Guerra, mas sobre a Primeira, temos apenas um livro publicado. É pouco explorado”, ressalta.
No livro, Wagner não aborda apenas a questão militar, mas os fatos políticos, culturais e sociais que aconteceram na cidade no período de 1914 a 1919. “Temos sim referência histórica da participação militar. O Brasil enviou muito homens para a Guerra. Em Ribeirão tivemos cem imigrantes italianos que se alistaram e foram lutar”, revela.
Dificuldades
O historiador diz que teve duas dificuldades na produção do livro. A primeira está relacionada às fontes de informações. “Eu pesquiso há vinte anos esse período complexo e não tem muita fonte, não foi fácil e a segunda é a falta de apoio financeiro principalmente em se tratando de história. Mas felizmente vendemos a totalidade do livro e recuperei o que investi no projeto. Para a segunda edição consegui apoio para o documentário e estamos batalhando para o livro, mas já está um pouco melhor”, diz.