No ano passado, Ribeirão Preto registrou mais homicídios, furtos e roubos em geral e furtos e roubos de veículos, segundo os dados do levantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgados pela Secretaria de Estado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) nesta quinta-feira, 24 de janeiro. A atuação das polícias Civil e Militar resultou no aumento da recuperação de carros, motos e caminhões recuperados. Os casos de estupro caíram.
Os furtos de veículos dispararam 16,8% – saltaram de 1.488 para 1.738, aporte de 250. A média mensal passou de 124 para 144 e a diária, de quatro para perto de cinco (4,8). Os roubos de veículos aumentaram 1,2%, de 730 em 2017 (média de 60 por mês e dois por dia) para 739 (cerca de 61 por mês e dois por dia), nove a mais. O índice de recuperação de veículos pelas polícias Civil e Militar cresceu 7% no ano passado, de 1.162 em 2017 (média mensal de 97 e diária de três) para 1.244 (ou 103 por mês e mais de três por dia – 3,4), com 82 a mais.
A quantidade de furtos cresceu 12,7%, de 9.052 ocorrências em 2017 (média mensal de 754 e diária de 25) para 10.201 em 2018 (ou 850 por mês e 28 por dia, mais de um por hora), 1.149 a mais. Os casos de roubo – quando a vítima sofre ameaça (entram na estatística os de carga e a bancos) – ficaram estáveis, passando de 3.715 para 3.716 no ano passado (ou 309 por mês e dez por dia), um a mais, leve alteração de 0,02%.
Homicídios
O número de vítimas de homicídios registrados em Ribeirão Preto subiu 15% entre janeiro e dezembro do ano passado, em comparação com 2017, saltando de 40 para 46, seis a mais, quase quatro assassinatos por mês (3,8), um a cada oito dias. Os dados mostram que a alta no município está na contramão dos números registrados em todo o estado de São Paulo.
Segundo a SSP-SP, a soma de casos das 645 cidades paulistas mostra 3.105 vítimas de homicídios no período (média mensal de 258 e diária de 8,6), contra 3.504 em 2017 (média de 292 por mês e de 9,7 por dia), recuo de 11,4% e 399 mortes a menos. Entram nesta conta as mortes com dolo registradas em acidentes de trânsito.
A quantidade de latrocínios – roubo seguido de morte – caiu 40% em Ribeirão Preto, de cinco para três na comparação entre os períodos, dois a menos, queda de 40%. Já está computado o caso do estudante Brener Bryan Alves Teixeira, de 17 anos, assassinado por Márcio Roberto Búfalo, de 45, em um ponto de ônibus ao lado da Escola Estadual Doutor Thomaz Alberto Whately, nos Campos Elíseos, em 21 de novembro.
Em todo o ano passado, foram doze homicídios no Ipiranga (5º Distrito de Polícia) e mais sete nos Campos Elíseos (2º DP), na Zona Norte, além de um latrocínio. Na Zona Oeste são 18 assassinatos – sete homicídios na Vila Tibério (3º DP), nove na Vila Virgínia (6º DP) e mais dois latrocínios. Na Sul são cinco – dois em Bonfim Paulista (7º DP) e três na cidade, região do Jardim América (4º DP). O Jardim Paulista (8º DP), na Zona Leste, teve quatro homicídios. No Centro (1º DP) foram dois assassinatos, em março.
Estupros
Segundo o levantamento, no ano passado Ribeirão Preto registrou 121 denúncias de estupro, dez por mês, uma a cada três dias – 66 envolvendo vulneráveis (crianças ou adolescentes), 54,5% do total. O número geral é 9,7% inferior aos 134 de 2017 (com 74 de menores, 55,2% do total), 13 a menos em 2018.
A quantidade de ocorrências envolvendo menores caiu 10,8%, de 74 para 66, com oito casos a menos. Ribeirão Preto fechou 2017 com 134 acusações, 42,5% acima dos 94 do ano anterior, 40 ocorrências a mais. A média mensal saltou de aproximadamente três (um a cada dez dias) para mais de onze (um a cada 72 horas).