A alíquota única e fixa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que começou a valer na quinta-feira, 1º de junho, fez o preço do litro da gasolina subir acima do estimado em Ribeirão Preto. Apesar de a Central de Monitoramento do Núcleo Postos anunciar que o aumento seria, em média, de R$ 0,26, alguns postos estão cobrando até R$ 0,40 a mais pelo derivado de petróleo.
O grupo setorial que reúne 85 revendedores da cidade e região informa também que, a partir de julho, o combustível deve ter nova alta, desta vez de R$ 0,34 por causa da reoneração do Programa de Interação Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/ Cofins). Com a nova alíquota de ICMS, a cobrança passou a ser de R$ 1,22 por litro em todo o território nacional.
No caso do diesel, a alteração já está valendo desde 1º de maio, com uma cobrança de R$ 0,94 por litro. “Apesar de o posto revendedor ter liberdade total na prática dos preços de venda, orientamos nossos postos associados a repassarem qualquer ajuste de preços ao consumidor, seja aumento ou redução, sempre de acordo com o preço recebido das distribuidoras”, explica Fernando Roca, presidente do Núcleo Postos Ribeirão Preto.
Ele reforça que desde a semana passada as distribuidoras estão repassando os combustíveis com os reajustes, antes mesmo de a nova alíquota do ICMS entrar em vigor. Nesta sexta-feira (2), a gasolina era vendida entre R$ 5,33 e R$ 5,69 na cidade, em média. O etanol varia de R$ 3,73 a R$ 3,99 e o litro do diesel oscila de R$ 4,89 a R$ 5,79. Nos sem-bandeira o etanol chega a custar R$ 3,67. Em alguns bandeirados, a gasolina ainda era vendida a R$ 5,29 ontem.
Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, realizado entre 28 de maio e 3 de junho, ainda não constatou o aumento e aponta queda nos preços do etanol, da gasolina e do diesel vendidos na cidade. A média para o litro do álcool hidratado era de R$ 3,75 (mínimo de R$ 3,55 e máximo de R$ 3,99), ante R$ 3,84 (piso de R$ 3,72 e teto de R$ 4,09) do dia 27, recuo de 2,34% e desconto de R$ 0,09.
Chegou a custar R$ 5,199 em 13 de novembro de 2021 – o maior valor da história desde que a ANP passou a pesquisar preços no município. O preço do litro da gasolina estava abaixo de R$ 5,30, segundo a ANP. Custava, em média, R$ 5,28 (mínimo de R$ 4,95 e máximo de R$ 5,69), ante R$ 5,38 (piso de R$ 5,13 e teto de R$ 5,79) do período anterior, recuo de 1,86% abatimento de R$ 0,10.
A paridade entre o etanol e a gasolina estava em 71%, acima do limite – atingiu 80,5% no final de 2021. Deixou de ser vantajoso abastecer com álcool porque esta relação supera 70%. A gasolina aditivada custava R$ 5,42 (mínimo de R$ 4,95 e máximo de R$ 5,79). O litro do óleo diesel S-10 saía por R$ 5,20 (piso de R$ 4,89 e teto de R$ 5,99).
Após a redução nas refinarias da Petrobras, o preço médio do litro do diesel despencou em Ribeirão Preto. Na semana passada era vendido por R$ 5,04 (mínimo de R$ 4,79 e máximo de R$ 5,29), ante R$ 5,15 (mínimo de R$ 4,79 e máximo de R$ 5,89) do período anterior, queda de 2,14% e desconto de R$ 0,11.
Média
Segundo a ANP, o preço do etanol de Ribeirão Preto estava R$ 0,02 abaixo da média nacional, de R$ 3,77 para o derivado da cana-de-açúcar (era 0,53% inferior). Mesmo sem a constatação do aumento, a gasolina era 1,34% mais cara na cidade, R$ 0,07 acima dos R$ 5,21 cobrados em grande parte do país.
O etanol ribeirão-pretano está acima da média estadual, de R$ 3,63. São R$ 0,12 a mais, 3,3% superior. Além disso, a gasolina também é mais cara em Ribeirão Preto e custava 4,14% a mais, acréscimo de R$ 0,21 em relação aos R$ 5,07 da média paulista, segundo a ANP.
O preço do litro do diesel vendido em Ribeirão Preto estava R$ 0,06 abaixo da média nacional, de R$ 5,10 (é 1,18% inferior) e custava R$ 0,05 a menos que a estadual, de R$ 5,09 (é 0,98% inferior), segundo os dados da pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.