Um eclipse solar pôde ser parcialmente visto nesta segunda-feira, 14 de dezembro, no Brasil. De acordo com o professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e coordenador do projeto Astro&Física, Marcelo Schappo, quanto mais ao Sul a observação, maior a área do Sol encoberta pela Lua.
O evento começou por volta do meio-dia e terminou às 15 horas. De acordo com o professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e coordenador do projeto Astro&Física, Marcelo Schappo, eclipses são resultado de alinhamentos. No caso do fenômeno de ontem, o alinhamento foi entre o Sol, a Lua e a Terra.
“Vimos a Lua passando em frente ao Sol, obscurecendo uma parte do disco solar. O horário e a duração do eclipse depende do local onde a pessoa estava. No Brasil, foi mais ou menos entre 12h30 e 15 horas, no horário de Brasília”. Em Ribeirão Preto foi possível observar parcialmente o fenômeno neste horário. O Sol ficou 50% encoberto pela sombra da Lua.
Schappo alerta que a observação de eclipses não deve ser feita nem a olho nu, nem com óculos escuros, chapas de raio-X ou filmes fotográficos porque a claridade e o calor do Sol podem danificar seriamente a retina dos observadores.
“Quem quiser fazer a observação de algum eclipse deve procurar, em lojas de ferragens ou de materiais de construção, o chamado vidro de solda, e a tonalidade desse vidro deve ser, no mínimo, 14. É esse vidro que deve ser colocado na frente dos olhos para fazer a observação do Sol”, sugere Schappo.
O físico sugere que as pessoas interessadas em fazer a observação de eclipses busquem aplicativos como o Stelarium ou o Google Skymap, para saber, de forma precisa, o horário em que o eclipse será visível em sua região. Segundo ele, no caso de ontem, quanto mais ao sul do Brasil, maior o encobrimento.
“Na Região Sul, cobriu entre 40% e 60%. Em Brasília, cerca de 10%. Em algumas localidades da Argentina e do Chile ele foi total”, informa Schappo. De acordo como o Observatório Nacional, o eclipse solar pôde ser visto em boa parte da Região Centro-Oeste e em uma pequena parte das regiões Norte e Nordeste, mas foi visível em todo Sul e Sudeste brasileiro onde o tempo não estava encoberto.