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Geral

Ribeirão Preto 162 anos Ribeirão Preto ‘nasceu’ em 1853

Os artigos e as reporta­gens sobre a fundação de nossa cidade geralmente in­formam que a povoação de “São Sebastião do Ribeirão Preto” surgiu após a demar­cação judicial das terras que haviam sido doadas à Igreja por fazendeiros. O aniversá­rio da cidade é comemorado em 19 de junho – nesse dia, em 1856, um juiz deu despa­cho favorável ao processo de recebimento, pela Igreja, das terras doadas.

Muitos acham que foi a partir desse ato que morado­res pioneiros se mobilizaram para a construção de uma Igreja e algumas casas come­çaram a surgir em seu entor­no, tudo isso em 1856, anos após a tentativa fracassada de fazer nascer um povoado na fazenda das Palmeiras, onde em 1845 foi erguida a primei­ra cruz e construída a primei­ra capela rústica. O início da povoação que deu origem a Ribeirão Preto não foi, po­rém, desse modo.

Documento de 1853 com­prova que uma capela e as primeiras casas surgiram pelo menos três anos antes. Houve uma disputa judicial entre fazendeiros que haviam comprado 30 alqueires para serem doados a São Sebastião e o vendedor das terras.

Numa petição desse pro­cesso fica claro – em outubro de 1853 a povoação já havia começado. “Construíram al­gumas pessoas do povo uma capellinha e algumas casas (…)”, registra o documen­to. Até então, o mais antigo registro histórico da povoa­ção era uma lista eleitoral da Freguesia de São Simão, de 1857, que cita um “Arraial de São Sebastião”.

Agora se sabe com certeza de que o arraial, hoje Ribeirão Preto, nasceu em 1853, anos antes da definição oficial do local onde seria construída a primeira Igreja, que acabou erguida a cerca de duzentos metros de onde existiu essa segunda capela rústica (a pri­meira foi na fazenda das Pal­meiras, em 1845). A primeira Igreja foi construída entre 1866 e 1869, no terreno hoje ocupado pela fonte luminosa da praça XV de Novembro.

A capela que o “povo da Barra do Retiro” ergueu sem o consentimento da Igreja ficava entre a praça Barão do Rio Branco e o prédio hoje ocupado pelo Museu de Arte de Ribeirão Preto (Marp). É ali o berço de Ri­beirão Preto, povoação que surgiu de forma espontânea, três anos antes da demarca­ção do “patrimônio eclesiás­tico de São Sebastião”.

(Nico­la Tornatore)

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