Tribuna Ribeirão
Esportes

Ribeirão-pretano vive o desafio de jogar futebol americano no Brasil

DAVI ARDUINO

O futebol americano é atualmente um dos esportes com maior audiência ao re­dor do mundo. Em 2019, por exemplo, no “Super Bowl”, como é conhecida a final da principal liga americana, 87 milhões de pessoas acompa­nharam a vitória do New En­gland Patriots diante do Los Angeles Rams.

Jogar na NFL é o grande sonho de qualquer praticante da modalidade. Os altos sa­lários pagos na liga chamam atenção de qualquer um. Atualmente, o jogador mais bem pago da NFL é o quar­terback Russel Wilson, do Seattle Seahawks, que fatura a bagatela de R$ 136 milhões por temporada.

Mas, nem todos os que gostam do esporte, o prati­cam por dinheiro. Bem longe dos Estados Unidos e do gla­mour da maior competição de futebol americano do pla­neta, mais precisamente na cidade de Ribeirão Preto, um jovem corre atrás do sonho de se tornar jogador profis­sional no Brasil.

Vinicius Xisto, 24 anos, jogador do Ribeirão Preto Challengers, é um dos que sonham em ver a modalida­de, de fato, profissionalizada em nosso país. Na equipe desde 2011, Xisto conta que conheceu o esporte através de um amigo que o chamou para fazer uma seletiva e dar umas “trombadas”.

“Eu conheci o futebol americano através de um amigo, que me chamou para participar da primeira sele­tiva realizada pelo Challen­gers. Ele também não jogava, mas tinha curiosidade de co­nhecer. Como a gente não co­nhecia muito bem o jogo, ele até brincou e disse para irmos dar umas “trombadas”. Como eu sempre gostei de praticar esporte acabei indo e estou lá até hoje”, relembrou Xisto.

Sem fins lucrativos, o Challengers não paga salários aos jogadores, pelo contrário, os atletas pagam mensalidade para colaborar com o time. Segundo Xisto, quem faz par­te da equipe, está lá por amor à modalidade e a vontade de vê-la crescer no Brasil.

“Nós não recebemos para jogar. Todos trabalham com outras coisas, jogar acaba sendo um hobby. O que nos motiva é o amor pelo esporte, pelo time. É a vontade de ver a modalidade alavancar aqui no Brasil”, destacou.

Quem não conhece o futebol americano, o con­sidera bastante violento. Entretanto, os praticantes preferem destacar a parte tática e técnica do jogo. “A gente escuta muito isso, mas o futebol americano é um esporte muito mais tático e técnico do que violento. Não é uma simples trombada que faz o resultado. É muito mais parecido com um jogo de xa­drez, do que com uma luta livre, que é o que o pessoal costuma falar”, afirmou.

Torcedor do Oakland Rai­ders e fã de Marshawn Lynch, running back que fez histó­ria vestindo as cores do Se­ahawks e do próprio Raiders, o defensor dos Challengers sonha em poder dizer um dia que é jogador profissio­nal de futebol americano.

“Acredito que a gran­de maioria sonha com isso. Acho que todos que praticam algum tipo de esporte, que não tem tanto engajamento, sonham com essa profissio­nalização. É a união do útil ao agradável, é a possibilida­de de se dedicar inteiramente ao que amamos fazer”, disse.

Atualmente o Ribeirão Preto Challengers integra a principal divisão do futebol americano no Brasil. Em ex­pansão no país, o esporte tem crescido, e a cada dia que pas­sa, o número de adeptos au­menta. Hoje, a Liga Brasileira de Futebol Americano (BFA), conta com 33 equipes.

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