Duarte Nogueira *
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Daqui a quatro dias, no domingo, dia 6 de outubro, os eleitores de todo o País terão a chance de escolher um novo prefeito e novos vereadores para suas cidades. É uma decisão de extrema importância e responsabilidade escolher quem vai governar o município e quem vai moderar, na Câmara Municipal, os poderes do prefeito, com discursos e atos sobre projetos de lei apresentados, que podem melhorar ou piorar a vida da população. Assim, a escolha do chefe do Executivo e dos parlamentares tem importância significativa na condução dos destinos de uma cidade.
Aparentemente são apenas nomes que surgem no momento da campanha eleitoral, com promessas muitas vezes irrealizáveis pelo custo que representam ou pela competência, dentro da ordem dos poderes, de quem promete. Por exemplo, o vereador não constrói praças ou abre vias públicas. O que ele pode é facilitar ou dificultar a ação do prefeito, de acordo com sua preferência ou orientação de seu grupo político. Então não são apenas nomes. Há grupos, partidos, apoiadores e os que influenciam decisões. Para o bem e para o mal.
E os moradores de Ribeirão Preto já conheceram administrações de todas as cores e feições. Algumas do passado devem ficar mesmo por lá, no passado. Porque alguns modelos que se apresentam na disputa deste ano representam um passado que não deixou saudades. Pelo contrário. Deixou desvios de conduta e de recursos, combatidos com a Operação Sevandija, que investigou o maior esquema de corrupção que a cidade já viu. Acusados na operação, afastados de suas funções, impedidos de frequentarem repartições públicas e suspeitos de participar das operações, estão nas ruas pedindo o voto dos eleitores.
Estes representam o passado doloroso das ruas esburacadas, dos acordos na calada da noite, do loteamento da gestão, das licitações suspeitas e do atraso da cidade, E são responsáveis pela dilapidação do patrimônio da cidade que chegou ao fim de uma gestão sem ter ao menos um chefe de Executivo para a transmissão do cargo. E eles querem voltar, certamente para repetir a dose. Para mentir descaradamente e levar a cidade para onde ela não merece caminhar. Para o descalabro, o desequilíbrio e a absoluta falta de recursos e de governança que levou nossa pujante metrópole a não ter recursos sequer para pagar seus servidores no final do ano.
Se você prestar atenção, vai perceber que as pessoas que estão reunidas em torno de uma candidatura são as mesmas que enlamearam o nome de Ribeirão Preto. Muitas até mudaram de partido. Outras, nem isso. Desfilam despudoradamente como se nada fosse com elas. Basta olhar com cuidado para ver que seus rostos são conhecidos, assim como suas companhias e seus modos de agir. E Ribeirão Preto tem que fugir deste retrocesso. Não quero ver nem em sonho a cidade chegar ao patamar do final de 2016, quando o caos estava estabelecido no Executivo da cidade.
Trabalhamos muito nestes últimos oito anos. Recuperamos a credibilidade da prefeitura e a capacidade de investimentos. Não foi fácil. Tivemos que negociar muito e parcelar dívidas para pagar todos os débitos. Agora que o caixa está arrumado e há dinheiro para manter a máquina em pleno funcionamento, aparecem os mesmos que ajudaram a afundar a cidade, com um discurso que não se sustenta, tentando enganar o contribuinte, o eleitor. Querem trazer de volta a ingovernabilidade, mas não vão conseguir.
E não vão conseguir porque hoje o eleitor está atento e tem ferramentas para saber quem está mentindo e quem está falando a verdade. E no momento do voto vai saber separar com clareza quem deve ser eleito e quem deve voltar para casa. Não tenho nenhuma dúvida.
* Prefeito de Ribeirão Preto