Três empresas disputam a licitação que definirá a responsável pela conclusão das obras do viaduto no cruzamento das avenidas Mogiana e Brasil, na Zona Norte de Ribeirão Preto. Nesta fase da concorrência pública, estão habilitadas Autem Engenharia Ltda., Construtora Said Ltda. e a DGB Engenharia e Construções Ltda. O edital foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de 31 de janeiro. O valor estimado é de R$ 16.421.425,48.
Agora, a Comissão de Licitação da Secretaria Municipal da Administração está analisando as propostas para concluir o processo, após aguardar o prazo de cinco dias úteis para eventual impetração de recurso pelos participantes. No total, quatro empresas se candidataram, mas uma foi inabilitada na primeira fase.
A administração Duarte Nogueira (PSDB) prevê que, após a assinatura do contrato com a empresa vencedora, as obras sejam concluídas em oito meses. Ou seja, no começo de 2024. A abertura dos envelopes da primeira fase ocorreu em 6 de março.
Desclassificada em 13 de março, após o julgamento da fase de habilitação, a Esteio Engenharia e Aerolevantamentos entrou com recurso, exigindo o prazo de cinco dias para análise. O viaduto é uma das 30 obras do Programa Ribeirão Mobilidade. Em 20 de setembro de 2022, a prefeitura de Ribeirão Preto rescindiu o contrato com a Ramadam Engenharia e Empreendimentos Ltda., a segunda empresa a assumir a obra.
Unilateral
A rescisão unilateral foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM). A Ramadan Engenharia venceu a licitação em abril, mas cinco meses depois ainda não havia reiniciado os trabalhos. A obra estava sob responsabilidade da Contersolo Construtora, que também acabou dispensada pela prefeitura de Ribeirão Preto após paralisar os serviços.
O prazo para entrega não foi definido. A Ramadam Engenharia foi a única empresa a apresentar proposta para o prosseguimento da obra. Venceu o certame ao apresentar orçamento de R$ 14.509.365,49. Como a licitação não teve segundo colocado, a administração municipal teve de lançar novo processo licitatório.
Dois anos
As obras do viaduto deveriam ter sido entregues em janeiro de 2021, quando a prefeitura rescindiu o contrato com a Contersolo Construtora. A empresa reivindicava reajuste do valor do contrato por causa alta dos preços de insumos como o aço.
A intervenção estava orçada inicialmente em R$ 19.870.000 e deveria ficar pronta em janeiro de 2021. Quando foi paralisada pela Ramadam Engenharia, 62% dos trabalhos haviam sido concluídos. A prefeitura disse que iria penalizar a empresa com multa de 10% sobre o valor contratado. Ou seja, R$ 1,4 milhão.
Viaduto
Com dez metros de altura, sete pilares e 165 metros de extensão, o viaduto será fundamental para o corredor de ônibus Norte-Sul, beneficiando cerca de 700 mil usuários do transporte público. A ponte sobre a linha férrea também será concluída, passando a ter o dobro da largura, com 15 metros.
Ao todo, serão 48 mil metros quadrados de pavimentação, 3,6 mil metros cúbicos de concreto e 350 toneladas de aço. A obra ainda beneficiará os bairros Ribeirão Verde, Jardim Aeroporto, Avelino Palma, Adelino Simioni, Heitor Rigon, Distrito Empresarial, Quintino Facci I e II, Tanquinho, Campos Elíseos, Vila Elisa e Vila Brasil.