Fabiano Ribeiro
A banda é nova, mas os integrantes com boa estrada na música. Formada em Ribeirão Preto a Revoe nasceu com muita gana de aproximar seu som ao público pelas redes sociais e plataformas de streaming. O primeiro trabalho já está disponível e aborda um tema muito atual: relações afetivas e isolamento. “Dentro seu lar, reaprenda o que é amar… Sinta toda energia que o mundo está mandando e acredite logo vai passar…” é um dos trechos de “Te quero tão bem”.
O videoclipe está disponível, entre outros canais, pelo YouTube e em uma semana somou mais de duas mil visualizações. O clipe é simples, a música agrada e o conjunto é uma somatória de carisma.
“Nós lançamos a banda 100% virtual por enquanto. Posso te dizer que o lançamento superou nossas expectativas. Conseguimos duas mil visualizações em uma semana. Isso é bem expressivo para uma banda que nunca tinha lançado nada”, comemora o vocalista Arlon Fiora, em bate papo com o Tribuna. “Nossos objetivos são muitos. Queremos lançar muitos sons nesse semestre, alguns clipes também estão em nosso planejamento. É isso, o essencial é trabalhar, produzir, lançar, batalhar e fazer nosso som chegar ao máximo de pessoas possível”, completa.
Além de Arlon nos vocais, a banda é formada por Gustavo Conti (bateria), Manoel Neto (violão/guitarra/vocal) e Paulo Roveri (baixo).
Arlon conta que a Revoe nasceu de uma ideia de Gustavo e Neto “Eles se encontraram no estúdio do Gustavo e conversaram sobre voltar a fazer um som autoral. Dessa conversa surgiu a ideia e chamaram eu e o Paulo e nós topamos na hora. Deu no que deu (risos).”
O nome da banda surgiu após uma conversa entre os quatro, que já se conheciam e já tinham trabalhos musicais em outros projetos. “A gente lançou a banda nessa pandemia e não tinha como a gente se encontrar, então estávamos naquele brainstorming por whatsapp. O Paulo sugeriu Revoe. Na verdade de início só o Neto que gostou (risos). Mas com passar dos dias e pensando no significado, nós decidimos ficar com ele mesmo e hoje eu curto demais esse nome, original, né?”, comenta com risadas Arlon.
O vocalista explica que a banda gosta de música de maneira geral e não objeções. “A ideia é fazer o que for de verdade, o que a gente sentir que é de verdade e que estamos com tesão de fazer. A ideia é não se limitar e tentar passar cada vez mais a nossa verdade”, resume.
Arlon revela que a pandemia tem criado dificuldades no processo de criação, mas que no geral tem sido bom e natural. “Claro que a pandemia está atrapalhando a gente de se encontrar, mas por celular tem rolado muito. O Neto geralmente manda ideias de violão, eu mando ideias de violão e voz e ai cada um coloca sua cara e o seu som. Tem rolado assim, pelo menos por enquanto, pretendemos nos encontrar pra compor junto cada vez mais. Só precisamos que tudo volte ao normal logo.”
Bom e complicado, assim Arlon sintetiza o que é fazer e trabalhar com música autoral. “Todos nós já tivemos outras bandas anteriormente, e isso calejou um pouco a gente pra agora ter mais paciência, foco, determinação e principalmente não desistir nas dificuldades. Falta interesse de boa parte do público em conhecer coisa nova. A música hoje passa muito rápido, muda muito rápido e esse é o maior desafio, em minha opinião. Estar sempre lançando coisa nova, áudio e visual, são essenciais”, finaliza Arlon.