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Reunião pode definir situação de trenzinhos

JF PIMENTA/ ARQUIVO TRIBUNA

A vereadora Gláucia Bere­nice (PSDB) realiza, nesta terça-feira, 29 de janeiro, uma reunião para discutir a aplicação da cha­mada “Lei dos Trenzinhos da Alegria” em Ribeirão Preto. Ela é a autora da legislação que de­veria regulamentar a atividades, e há cinco anos trabalha para que os proprietários dos veículos respeitem as regras e também cobra fiscalização por parte dos órgãos competentes. O encon­tro será às 14 horas, na Sala de Comissões da Câmara Munici­pal, e reunirá representantes do Departamento de Fiscalização Geral da Secretaria Municipal da Fazenda, donos de veículos, a Associação dos Proprietários dos Trenzinhos de Ribeirão Pre­to, da Policia Militar e da Em­presa de trânsito e Transporte Urbano (Transerp).

A “Lei dos Trenzinhos da Alegria” foi aprovada pela Câ­mara em 2013, sancionada e regulamentada no mesmo ano pela então prefeita Dárcy Vera (sem partido), mas nunca foi devidamente cumprida pelos donos dos veículos. Também não há fiscalização por parte do poder público, principalmente porque o horário mais comum deste tipo de atividade é à noite, aos finais de semana, e os de­partamentos responsáveis por acompanhar as chamadas “car­retas-furacão” só atendem de segunda à sexta-feira, até as 18 horas. “Foi realizado um grande esforço de toda a sociedade pela aprovação e regulamentação desta lei, mas que, efetivamente, não está melhorando a convi­vência social com os trenzinhos”, afirma Gláucia Berenice.

A parlamentar acredita que se todas as partes interessadas conseguirem conversar, será possível chegar a um entendi­mento satisfatório para todos, mas destaca que é indispensá­vel que cada um cumpra a sua parte. E reforça que, se isso não ocorrer, o Ministério Público Estadual (MPE) terá de agir e responsabilizar os causadores do problema. O promotor da Infância e da Juventude, Ale­xandre Marques Pereira, já cobrou fiscalização por par­te da prefeitura. Somente em 2018, a Polícia Militar rece­beu 297 queixas sobre baru­lho, confusão ou bloqueio de vias envolvendo os trenzinhos.

Os bairros com o maior nú­mero de reclamações são Planal­to Verde, Portal do Alto, Dom Mielle, Jardim Irajá, Ipiranga, Campos Elíseos, Santa Cruz e Jardim Botânico, mas ocorrem isoladamente em vários pontos da cidade. Um jovem de 17 anos morreu atropelado na noite de 18 de dezembro, no Jardim Ale­xandre Balbo, quando seguia um desses trenzinhos.

Quase todos irregulares
Dos 30 “trenzinhos da ale­gria” que atuam em Ribeirão Preto, apenas um está regulari­zado, dois estão em fase de lega­lização e 14 proprietários destes equipamentos demonstraram interesse em se adequar à legisla­ção Os outros 13 sequer são co­nhecidos pela Fiscalização Ge­ral, um dos órgãos responsáveis pelo cumprimento da legislação que trata do assunto.

Cabe ao setor fiscalizar se eles estão adequados à lei e se respeitam, por exemplo, os 55 decibéis máximo de barulho de permitido pela “Lei do Silêncio” – referência a diversas leis fede­rais, estaduais ou municipais –, que estabelece restrições para a geração de ruídos durante dia e noite. Outras instituições como a Polícia Militar, Transerp e a Guarda Civil Municipal tam­bém tem o dever de fiscalizar estes equipamentos, em quesi­tos como segurança, condições e documentação dos veículos e funcionamento deles fora do horário permitido.

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