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Retorno gradual!

Minha reflexão desta semana não pretende ser redun­dante, mas insistente por um retorno gradual das atividades consideradas não essenciais. Gradual, segundo o Dicioná­rio do Aurélio, é o “que se faz por graus, etapas, gradativo”. A reabertura do comércio e de outras atividades por conta de avançarmos da fase vermelha para a amarela, pulando a laranja, me deixou preocupado. Parecia que a pandemia havia desaparecido, tamanha foi a aglomeração de pessoas pelas ruas, calçadões, orlas marítimas e praças das cidades brasilei­ras, não ficando nossa Ribeirão Preto para trás.

Os comerciantes cumpriram com os protocolos sugeridos pelas autoridades da Saúde e a Vigilância Sanitária. Já as pes­soas nem tanto. Muita gente aglomerada, sem o uso devido de máscaras entre tantas outras demonstrações de desrespeito com a própria e a vida dos outros.
Sei o quanto é difícil observar o tão necessário isolamen­to social para nós, que vivemos num país tropical. O uso de máscaras é incômodo para nossas temperaturas tão altas. Somos ricos em afetividade e os abraços nos fazem tanta falta. Com todo respeito pelos que pensam diferente, a Pandemia ainda não foi superada.

Contaminados e falecidos deixam de ser estatísticas e nú­meros, os mais altos de nossa geração, e passam a ter nomes, rostos, histórias, sonhos e perspectivas interrompidas, enlu­tando familiares, parentes, amigos ou pelo menos conhecidos, todos esses, pessoas e não simplesmente diagnósticos.

Como cristão que acredita ser amado pelo Criador, cabe-me defender em todos os sentidos a vida, desde a sua concepção até a natural “viagem sem volta” definitiva. É responsabilidade de cada cidadão deste mundo preservar a vida que nem mesmo nos pertence. Como cristãos, acredita­mos pertencer a Deus. Como meros humanos, faz-se urgente humanizarmos o quanto mais possível nossas relações entre nossos semelhantes. Não se nos é permitido brincar com a vida nem nossa e muito menos com a dos outros!

A reabertura das atividades e de tudo que precisou parar para contermos a contaminação do novo coronavírus, a covid-19, ou será um retorno gradual, ou nos obrigará a regredir a fases anteriores. Não faltam apelos de autoridades, da mídia e, sobretudo dos profissionais da saúde e cientistas, da necessidade de continuarmos nos protegendo de novos contágios desse vírus tão invisível quanto perverso.

Sei o quanto nossos amados fiéis sentem falta da parti­cipação presencial física de nossas celebrações e atividades nas comunidades de fé, oração e amor. Aguardamos com paciência e prudência as orientações para nossa Arquidiocese de Ribeirão Preto, que serão emitidas por nosso arcebispo metropolitano, Dom Moacir Silva, no momento oportuno. Teremos o zelo eficaz de não virtualizarmos nossa fé e nosso compromisso batismal com a Igreja que somos e formamos.

Porém, também a reabertura de nossas igrejas para as celebrações e reuniões pastorais com maior número de parti­cipantes, deverá ser, sem dúvida, um retorno gradual! En­quanto isso, continuamos transmitindo pelas redes sociais, ao vivo, na medida do possível, nossas celebrações, convidando nosso Povo tão querido a participar, como “igreja doméstica” de seus lares.

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