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Retomada esportiva

Confira dicas do profissional de educação física Lucas do Carmo para retornar aos treinos com segurança

Academia de Ribeirão Preto registrou aumento significativo no número de matrículas - FOTOS: DIVULGAÇÃO

Com mais de 1 milhão de doses de vacina aplica­das, queda vertiginosa nas internações e ocupação nos leitos de UTI, e sequência de dias sem registro de mortes por covid-19, aos poucos Ri­beirão Preto vai voltando à normalidade. Com a melho­ra dos indicadores da pande­mia, também está crescendo a procura do público por aca­demias, centros esportivos e prática esportiva em geral.

A saúde física e mental são alguns dos pontos mais afeta­dos durante a pandemia, já que a população precisou mudar de forma drástica seus hábitos e rotina. Com academias, par­ques e centros de lazer fechados durante mais de um ano, mui­tas pessoas ficaram paradas.

Carina do Carmo, gerente da CS Academia, que fica lo­calizada na região dos Cam­pos Elíseos, acredita que a vacinação e as melhoras nos indicativos da pandemia são o principal fator para a cres­cente procura na academia em que trabalha.

“De agosto para cá, nós praticamente triplicamos o número de matrículas. As pes­soas estão se sentindo mais se­guras com a vacina e também com a melhora dos indicativos da pandemia. Passamos muito tempo fechados, depois com atendimento reduzido. Com as coisas voltando ao normal, as pessoas também estão se pre­ocupando mais em cuidar da saúde”, afirmou.

O profissional de educação física Lucas do Carmo orientando aluno durante treino

O aumento do número de alunos também escancarou outro ponto importante: os efeitos negativos da pandemia no físico das pessoas. De acor­do com Lucas do Carmo, pro­fissional de educação física da CS Academia, a grande maio­ria reclama diretamente dos impactos do tempo parado.

“Nove de cada 10 alunos que eu recebo aqui na acade­mia se queixam de problemas, dores e ganho de peso durante a pandemia. São pessoas que tinham uma vida corrida, que praticavam esportes regular­mente e de repente tiveram que parar tudo. Isso causa um impacto muito forte”, disse.

Lucas também falou sobre a academia como um ambien­te social. Para ele, os exercícios físicos podem auxiliar não so­mente na evolução atlética do aluno, mas também nas ques­tões psicológicas.

“A academia não é só um ambiente de treino. É tam­bém um ambiente social. Tem pessoas que vêm aqui e ficam duas horas na academia, mas treinam somente 30 minutos. Ela vem, encontra um amigo, ou fez um amigo, conversa, fica na esteira. Realmente é uma terapia. Se eu te falar de exemplos, tenho alunos que tomavam altas doses de an­tidepressivos, remédios para ansiedade e hoje, ou zeraram, ou estão tomando bem menos medicamentos do que quando começaram a treinar”, contou.

A volta aos treinamentos também é uma questão que preocupa. A falta de ritmo e a alta carga de exercícios po­dem ocasionar lesões. Lucas deu algumas dicas importan­tes para evitar problemas du­rante o treino.

“Primeiro vamos às dicas básicas. Ter uma alimenta­ção mais saudável. Eu nunca indico dietas mirabolantes, tudo é equilíbrio, você não deve deixar de fazer algo que você gosta. Segundo, hidra­tação, o pessoal peca muito nesse quesito. Beber água é uma coisa básica, simples. Dica básica. Ande com uma garrafa. Se você anda com uma, você bebe água. Agora falando da parte de treino, principalmente o pessoal que já treinava, quer voltar com a mesma mentalidade de antes, fazer os treinos na mesma in­tensidade de antes, isso não vai acontecer. Esse é um dos pontos que mais ocasionam lesão na volta aos treinos. É tudo um processo, e processo requer tempo”, concluiu.

Ciclismo na pandemia
A pandemia mudou com­pletamente o hábito das pes­soas. Essa transformação tam­bém pegou de jeito o biólogo Fábio Siena, 28 anos. Após seis meses completamente parado, ele decidiu comprar uma bici­cleta e começar a praticar ci­clismo, modalidade que nunca havia sido rotina em sua vida.
“Com o início da pan­demia e as medidas de pro­teção que eram necessárias, o distanciamento mudou a rotina de atividades físicas e o sedentarismo predominou nesse início”, afirmou.

O biólogo Fábio Siena, 28 anos, adquiriu uma bicicleta durante a pandemia e começou a praticar ciclismo

“Em meados de setembro eu voltei a me movimentar, com dificuldades principalmente na musculatura, pelo longo perío­do de inatividade. Além disso, a resistência aeróbica estava bai­xa, qualquer atividade causava cansaço”, completou.

“Percebi que minha saúde, mental e física estava ruim. O ganho de peso em conjunto com dores, principalmente na região lombar, em virtude de longos períodos sentado, ligou o alerta para a neces­sidade de mudança. Com cautela e respeitando os pro­tocolos que são importantes na pandemia, adquiri uma bicicleta e voltei aos pou­cos a praticar atividades, em conjunto com caminhadas e pequenas corridas. Isso foi fundamental para reativar a musculatura, parte aeróbica e também emocional, melho­rando vários aspectos que en­volvem a saúde”, revelou.

Aos poucos a vida está vol­tando ao normal. Entretanto, os protocolos de segurança como uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento social ainda precisam ser respeitados. Ape­sar de controlado, o coronaví­rus ainda circula pelo país.

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