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Restauro do Lar Santana avança

Na tarde de quarta-feira, 25 de janeiro, a empresa TS2 Arqui­tetura e Construções, de Campo Grande (MS), apresentou para a prefeitura de Ribeirão Preto o projeto executivo de restauro e revitalização do histórico prédio do Lar Santana, na Vila Tibério, Zona Oeste.

De acordo com a admi­nistração municipal, o projeto executivo para revitalização es­tava orçado inicialmente em R$ 362.698,89. A TS2 Arquitetura e Construções venceu o certame ao apresentar proposta de R$ 282.905,13. O espaço será ocu­pado pela Secretaria Municipal da Educação após a reforma.

Com a finalização dos proje­tos executivos, o próximo passo será aguardar a aprovação nos órgãos competentes (ambien­tais e histórico-culturais) para depois seguir com a abertura da licitação para execução da obra. A empresa já entregou o levan­tamento histórico da arquitetura da edificação, anteprojeto, estudo preliminar e projetos executivos.

“O restauro do prédio onde foi o Lar Santana, resgata a me­mória da nossa história, junto a toda comunidade da cidade e da Vila Tibério”, pontua o prefeito Duarte Nogueira (PSDB). O es­paço tem extrema importância histórica para Ribeirão Preto.

História
Fundado em 18 de janeiro de 1948, o Lar Santana nasceu com a missão de acolher crian­ças carentes. O orfanato sobre­viveu durante 82 anos, até que em dezembro de 2014 a Or­dem das Franciscanas anun­ciou sua desativação.

Em 2015 a congregação op­tou pelo fechamento, já que o prédio de mais de 70 anos exigia um elevado investimento para a renovação do alvará do Corpo de Bombeiros. No mesmo ano o prédio foi tombado pelo Conse­lho de Preservação do Patrimô­nio Cultural (Conppac).

A Câmara aprovou a lei or­dinária municipal nº 13.432, de 22 de janeiro de 2015, instituin­do o imóvel como patrimônio cultural, histórico e arquitetô­nico do município. Em 2016, o Legislativo aprovou a permuta do imóvel com dois terrenos municipais de valor de merca­do equivalente (cerca de R$ 6 milhões) – lei complementar nº 2.791, de 31 de agosto.

O Lar Santana tem grande valor histórico por sua impor­tância para a Vila Tibério e tam­bém por ter ocorrido lá a única prisão de uma religiosa feita pelo regime militar – em 1969, a dita­dura prendeu a madre Maurina Borges da Silveira, depois tortu­rada e vítima de assédio sexual na delegacia seccional de polícia.

Seus torturadores foram inclusive ex-comungados pela Igreja Católica. Libertada em março de 1970, em troca do cônsul japonês Nokuo Okuchi, sequestrado por militantes de esquerda, a religiosa foi banida do país e asilada no México. Ma­dre Maurina retornou ao Brasil em 1985 e faleceu em 2011.

O agora próprio público municipal localiza-se no qua­drilátero das ruas Conselheiro Dantas, Aurora, Jorge Lobato e Conselheiro Saraiva, totali­zando 7.863,38 metros quadra­dos, tendo sido avaliado em R$ 5.970.954,13. Madre Maurina Borges da Silveira morreu em março de 2011, em Araraquara.

A freira presa, acusada de subversão, torturada e banida do país durante a ditadura militar, vi­via num convento de sua comu­nidade, a Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Con­ceição. A madre tinha 84 anos e sofria do mal de Alzheimer.

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