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Restauro da ‘Amália’ orçado em R$ 808 mil

ALFREDO RISK

A prefeitura de Ribeirão Preto abriu licitação, no valor de R$ 808.333,33, para o res­tauro da locomotiva Borsig instalada na praça Francisco Schimdt, na avenida Jerôni­mo Gonçalves, na região da Baixada, na divisa do Cen­tro Velho com a Vila Tibério, Zona Oeste. O edital foi pu­blicado no Diário Oficial do Município (DOM) de quarta­-feira, 13 de maio.

Os recursos para o restau­ro da locomotiva – batizada de “Amália” por causa da usi­na a que pertencia antes de ser doada ao município – são oriundos do empréstimo fei­to pelo município por meio do Programa de Financia­mento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) da Cai­xa Econômica Federal. A re­cuperação da maria-fumaça deverá obedecer várias etapas que incluem desde a retirada da locomotiva do local para ser restaurada em ambiente apropriado até seu retorno à praça Francisco Schimdt.

Todos os componentes da locomotiva deverão ser res­taurados. Caso isso não seja possível, serão substituídos. O trabalho também terá de ser acompanhado por um profis­sional especializado em patri­mônio cultural e ferroviário. O prazo máximo para a conclu­são do serviço de restauração é de doze meses. A abertura das propostas será em 29 de maio, na Secretaria Municipal de Ad­ministração, na Via São Ben­to s/nº, no Jardim Mosteiro.

A locomotiva Phantom, popularmente conhecida como maria-fumaça, perten­cia a Usina Amália e em 1912 foi doada para Ribeirão Preto pelas Indústrias Matarazzo. O modelo é uma das três re­manescentes do fabricante alemã Borsig no Brasil. As outras duas estão em Itapeti­ninga e Jaguariúna.

Abandonada, a ribei­rão-pretana serviu durante muito tempo como dormi­tório de pessoas em situação de rua e também de abrigo para usuários de drogas – a praça chegou a ser uma das “cracolândias” da cidade.

Atualmente, por causa da presença da Guarda Civil Me­tropolitana (GCM), o equi­pamento não tem sido usado para essas finalidades. Ribei­rão Preto tem outra maria-fu­maça, a “Mogiana”, instalada na antiga Estação Ferroviária Mogiana, na Zona Norte. A Câmara pediu ao Conselho de Preservação do Patrimô­nio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac) o seu tombamento e duas entidades querem usar as duas locomotivas para pro­jetos de “trem turístico”.

Já a Associação dos Mo­radores da Vila Tibério e Ad­jacências (Amovita) protoco­lou no Comppac o pedido de tombamento da “Amália” para que a máquina seja mantida na praça Francisco Schmidt. Alega que a locomotiva e os quatro metros de trilho que a sustentam são os últimos res­quícios da Estação Ribeirão Preto no bairro, que funcionou a partir de 1885 e foi demoli­da em 1968. Naquele trecho existiu no passado a gare (pla­taforma) de embarque e de­sembarque por onde milhares de imigrantes passaram para trabalhar nas lavouras de café.

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