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Reponsabilidade e seriedade não são “oba oba”

Há, por parte de uma parcela da opinião pública, certa incompreensão quanto ao trabalho desenvolvido pelos deputados estaduais, com muitos considerando indicações, projetos autorizativos ou de nomeação de prédios e vias públicas como “oba oba” por não trazerem benefícios diretos à população. Discordo, evidentemente, dessa avaliação porque entendo que, quando se homenageia alguma pessoa por ter prestado relevantes serviços para determinada comunidade, esse reconhecimento público é uma forma, até mesmo, de se dar exemplos aos mais jovens e aos demais moradores daquela comunidade; quando alguém presta serviços ou tem atuação relevante numa comunidade ele se torna, assim, um exemplo a ser seguido. Precisamos, mais do que nunca, de bons exemplos. Portanto, homenagear quem merece, a meu ver, é, sim, um ato de justiça a um procedimento meritório.

Aliás, a ação do Estado – como um todo – é muito pequena diante das necessidades da população mais carente. Como, portanto, não reverenciar a ação dos voluntários que, abandonando o conforto de seus lares, se colocam em campo para socorrer os menos favorecidos? Como, por outro lado, negar o reconhecimento da “utilidade pública” ensejando, a tais entidades, mantidas por voluntários, a possibilidade de realizar convênios ou receber subsídios do Estado, ainda assim inferiores às suas necessidades?

Em Ribeirão Preto e em todas as cidades daquela região – bem como na grande maioria das cidades brasileiras – orfanatos, creches, asilos e até escolas são mantidas por instituições religiosas ou particulares, sem qualquer participação do poder público. Apresentei várias proposituras em 2017, destacando-se uma emenda ao Orçamento estadual ensejando recursos de R$ 10 milhões ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto a serem aplicados no atendimento integral e descentralizado aos pacientes do SUS, bem como no atendimento ambulatorial e hospitalar do próprio HC, envolvendo procedimentos de saúde de alta e média complexidade.

Não considero “oba oba”, por outro lado, ter sido signatário de oito requerimentos pedindo a abertura de CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) tendo, entre outras finalidades, verificar as condições dos imigrantes refugiados no Estado de São Paulo, levantar a situação dos lixões e aterros sanitários nos municípios, analisar como ocorrem as feiras itinerantes nas cidades do interior, investigar crimes cibernéticos, apurar o atendimento nos serviços de informação ao consumidor e abusos nos telemarketings. Também não vejo “oba oba” nos projetos conferindo o título de “Município de Interesse Turístico” a cidades vocacionadas para uma atividade tão importante no mundo de hoje como o turismo.

Resumindo: a ação parlamentar é um conjunto envolvendo o trabalho no gabinete, no escritório regional e, principalmente, junto aos municípios representados; não há qualquer “oba oba” quando esse trabalho – do qual me orgulho – é executado com seriedade e responsabilidade.

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