Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba nesta terça-feira (17), o senador Renan Calheiros (MDB) declarou seu apoio à candidatura do petista e voltou a fazer duras críticas ao ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB à Presidência.
A visita fez parte de uma inspeção realizada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado. Além de Renan, estiveram presentes os senadores Jorge Viana (PT), Roberto Requião (MDB), Edison Lobão (MDB) e Armando Monteiro (PTB).
Calheiros disse ter encontrado Lula “muito animado” e “convencido de que vai provar sua inocência”. “Lula, mais do que nunca, é um preso político, e sua presença crescente nas pesquisas de opinião é a certeza do povo brasileiro de e sua presença crescente nas pesquisas de opinião é a certeza do povo brasileiro de que isso está acontecendo”, afirmou. O senador questionou a velocidade da condenação de Lula em segunda instância, que chamou de “apressada”.
Questionado se o encontro com Lula representava apoio político dos senadores à candidatura do ex-presidente, Calheiros afirmou que a visita “significa, sobretudo, a solidariedade de todos nós a Lula pelo que ele representou e representa para o nosso país”.
Pouco depois, o senador disse apoiar Lula como candidato “pelas convicções que tem na inocência dele”. “Mas o MDB, diferente de mim, tem outras lideranças que apoiam outros candidatos”, disse. O senador alagoense, que já deflagrou campanha para tentar impedir a candidatura de Meirelles pelo MDB, combateu mais uma vez o nome do ex-ministro.
“O Meirelles não é originário do MDB, ele é originário da JBS. É o candidato do sistema financeiro”, disse Calheiros. “O MDB é um partido plural, diverso, que ao longo da história do partido tem cumprido um papel fundamental”, afirmou o senador.