Tribuna Ribeirão
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Remédio oculto 

Sérgio Roxo da Fonseca *
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Taís Costa Roxo da Fonseca **
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Há mais ou menos trinta dias instalou-se uma reunião no prédio do Ministério Público em Ribeirão Preto com a presença do Procurador Geral de Justiça e vários Promotores de Justiça, tendo como principal objetivo o exame de novos instrumentos para amparar e proteger a convivência pacífica.

O tema principal debatido referia-se à análise do novo panorama jurídico e a identificação de novas referências sociais e técnica.

Na oportunidade examinou-se a aplicação dos aparelhos descolados de Inteligência Artificial como resultado dos novos dias e do panorama técnico social como marco da convivência humana.

Com certeza não foi a máquina que definiu os novos dias, mas, seguramente, foram os novos dias que compuseram a máquina, ainda quando o mundo defina-se pela digitalização.

Não foi a máquina que criou o homem; mas, sim foi a história humana que definiu a conduta digitalizada, mesmo quando é assegurado perceber que a guerra contaminou a mais extensa beligerância da história.

Os dignos coordenadores do encontro comunicaram, entre outros importantíssimos dados, que o Ministério Público de São Paulo usou a Inteligência Artificial para identificar onde estaria instalado o mais relevante cenário de acidentes automobilísticos.

A Inteligência Artificial apontou alguns quarteirões localizados numa das mais notáveis do interior paulistano. Foram tomadas as devidas providências.

Imediatamente os notáveis membros da mesa indicaram que o progresso da humanidade gera novos costumes e os novos costumes e os novos fatos revelam necessariamente os meios para ensejar a convivência pacífica, daí o surgimento da Inteligência Artificial. O homem e a sua sociedade criaram a Inteligência Artificial e não o contrário disso.

Residindo em Ribeirão Preto desde a minha infância posso testemunhar que jamais testemunhei o incêndio que atingiu toda a redondeza, com chamas queimando até o firmamento.

No dia seguinte, o noticiário comunicou e as chamas infernais já atingiam Brasília e até mesmo a área ocidental do pais.

Quem lançou fogo do nosso mundo? Foram identificados alguns responsáveis pela tragédia, mas ainda não foi possível indicar a origem do crime, nem a força dos instrumentos criminosos. 

Afirma-se que os incendiários detidos são encontrados e identificados, se não todos, mas quase todo, na região norte do estado de São Paulo. Já há meios para identificá-los.

Se foi possível para a máquina de Inteligência Artificial identificar em que vias ou rodovias de acesso a uma grande cidade de São Paulo encontra-se o palco do maior número de acidentes de trânsito, não estaria na hora de indagar quando ela será acionada para manifestar-se de maneira ampla e definida sobre a origem dos incêndios infernais que, sem qualquer  aviso notável, arrasou o cenário no qual pessoas, escolas, empresas foram destruídas como se condenadas ao fogo do inferno? 

* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras

** Advogada 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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